Estudos experimentais com isolados do metapneumovirus aviário (aMPV) subtipos A e B em frangos de corte / Experimental studies with avian metapneumovirus (aMPV) subtypes A and B isolate in broiler chickens

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/03/2010

RESUMO

O Metapneumovirus aviário (aMPV) pertence à família Paramyxoviridae, subfamília Pneumovirinae, gênero Metapneumovirus. O vírus, relatado pela primeira vez no Brasil em 1995, é o agente etiológico da Rinotraqueíte em perus (TRT) e está associado também à Síndrome da Cabeça Inchada (SHS) em frangos e poedeiras comerciais. O presente estudo foi dividido em três partes. Na primeira foi avaliada a suscetibilidades de oito sistemas celulares para a propagação de amostras virais do aMPV subtipos A e B. As células chicken embryo related (CER), Vero e baby hamster kidney cells (BHK-21) demonstraram ser as mais apropriadas para a multiplicação de ambos os subtipos. Além disso, cultivo de anel de traquéia (TOC) e cultivo primário de embrião de galinha (CEF) foram permissíveis à infecção por aMPV após terem sido isolados e propagados em CER. As curvas da cinética viral foram realizadas nas três linhagens celulares e ambos os subtipos tiveram títulos mais altos em CER durante as primeiras 30 horas após a infecção. Não foram observadas diferenças significativas entre os títulos obtidos em células CER e Vero, demonstrando que as células CER são tão adequadas à propagação do aMPV quanto as células Vero. A segunda parte do trabalho consistiu em analisar a virulência de uma amostra de aMPV subtipo B após sofrer passagens seriadas em células CER. Cinco variantes provenientes das passagens em CER foram inoculadas em galinhas e a excreção viral foi analisada. Os resultados obtidos com as amostras de traquéia demonstram que a virulência do aMPV diminui gradualmente enquanto o título viral aumenta com o número de passagens. Em contrapartida, nas amostras de seio nasal foi observado aumento da carga viral, demonstrando que não houve diminuição no fitness viral para este órgão. As seqüências do gene G das amostras utilizadas para desafio foram obtidas, porém este gene parece não ser afetado pela propagação em células CER. Na terceira e última parte deste estudo, foi avaliada a proteção viral conferida por uma vacina comercial contra isolados brasileiros do aMPV subtipos A e B em frangos de corte. Para tanto, uma amostra de cada subtipo foi avaliada quanto à sua virulência. O isolado do subtipo B foi detectado em um período mais longo e em maiores quantidades quando comparado ao subtipo A. Os resultados da analise da proteção demonstram que algumas aves imunizadas receberam proteção viral completa contra o vírus virulento heterólogo. Porém, a mesma vacina forneceu proteção viral parcial quando as aves foram desafiadas com o vírus virulento homologo ao vacinal

ASSUNTO(S)

vaccines metapneumovirus aviário atenuação propagação-in vitro vacinas metapneumovirus attenuation propagation-in vitro

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