Estudos estruturais de compostos nitrogenados de cobre (II) hexacoordenado

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

Obtivemos espectros infravermelho e Raman(650-150 cm) dos complexos ICu (en)3 l SO4, ICu (phen)3 l (CIO4)2 e ICu(bipy)3 (ClO4)2. A comparação desses espectros com os equivalentes de zinco(II) e de níquel(II), para os quais existe um trabalho de deslocamento de bandas pelas trocas dos cátions metálicos por isótopos adequados (60), favoreceu a assinalação de bandas de estiramento Cu-N e de ligantes nos citados espectros. Com essa orientação, designamos como sendo vCu-N as bandas a 347 cm e 271 cm no íon I Cu(en)3 l; a 295 cm, 284cm e 264 cm (ou 240 cm) no íon I Cu(phen)3 l. A atribuição para o cátion I Cu (bipy)3 l tornou-se mais difícil, pela pouca correspondência com os espectros de comparação (de zinco(II) e de níquel (II)). Por outro lado, confrontando os espectros de Cu (II) entre si, pudemos notar que os mesmos refletiam o grau de rigidez relativa dos ligantes; tanto que o complexo com etilenodiamina apresentou espectros mais simples, que favoreceram atribuir a esse complexo uma simetria D3 (e conseqüente aceitação de um efeito Jahn-Teller dinâmico); os espectros do complexo com 1,10-fenantrolina permitem admitir uma simetria entre D3 e C2, determinada pela rigidez do ligante (que atenua o efeito distorsivo); por último, os espectros do complexo com 2,2 -bipiridina apresentam-se mais complicados que os outros acima citados, levando-nos à conclusão de urna simetria muito baixa (presumivelmente C1). Os nossos resultados corresponderam bem aos dados cristalográficos encontrados na literatura e puseram de manifesto a reconhecida "plasticidade" do íon Cu(II) como consequência do seu estado fundamental duplamente degenerado.

ASSUNTO(S)

compostos de cobre cobre

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