Estudos em Eriocaulaceae Mart.: caracterização morfológica do tegumento e germinação de sementes

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/02/2012

RESUMO

A família Eriocaulaceae apresenta distribui-se na África e nas Américas, tendo como principal centro de diversidade a Cadeia do Espinhaço, nos estados de Minas Gerais e Bahia (Brasil). O gênero Comanthera L.B.Sm. foi recentemente restabelecido a partir de Syngonanthus Ruhland, e análises filogenéticas moleculares indicam que ambos são grupos irmãos e monofiléticos. Este estudo foi realizado com sementes de Comanthera L.B.Sm. e Syngonanthus Ruhland (Eriocaulaceae Mart.) e teve como objetivos caracterizar a morfologia externa das sementes de Comanthera utilizando MEV para analisar suas variações de acordo com as hipóteses filogenéticas atuais e verificar o efeito de diferentes períodos de luminosidade e da aplicação de giberelina na germinação das sementes. Na análise em MEV foi observado que o tegumento em Comanthera apresenta um padrão rugoso, causado por diferentes tipos de espessamentos das faces periclinais, e as características observadas permitem separar os dois subgêneros, além de corroborar a divisão feita para os gêneros Syngonanthus e Comanthera, apresentando valor taxonômico e filogenético. Para os testes de germinação as sementes foram submetidas a tratamentos com pulsos de luz branca contínuos, pulsos com tempos determinados durante cinco dias e pulsos de luz com adição de solução de GA3 1000mg/L. Os controles foram feitos com sementes mantidas sob luz branca contínua, fotoperíodo de 12 horas, escuro contínuo e em solução de GA3 a 500 e 1000mg/L na luz e no escuro. Os resultados mostraram que as três espécies necessitam de um longo período de exposição à luz para germinar. Para S. anthemidiflorus a germinação foi significativamente mais alta (14,5 a 37,5%) nos tratamentos com 30, 36 e 48h de luz, e atingiu 60% no tratamento de 6h de luz por cinco dias. Para S. verticillatus a maior germinabilidade obtida foi de 12,5% no tratamento de 48h de luz, e para C. bisulcata foi de 15,3% com 4h de luz por cinco dias. A aplicação de GA3 nas concentrações de 500 e 1000mg/L não promoveu a germinação de nenhuma das espécies, não substituindo a necessidade de luz.

ASSUNTO(S)

botânica teses.

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