Estudo temporal da expressão genica de Fas, Fas-ligante, Bcl-w e citocinas Th1 em ilhotas pancreaticas, sangue e baço de camundongo NOD (diabetico não obeso)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

o diabetes mellitus do tipo I resulta da destruição autoimune das células ~ da ilhota pancreática. O camundongo NOD desenvolve o diabetes tipo I espontaneamente sendo utilizado como modelo para a expressão auto-imune dessa doença em humanos. O processo inflamatório das ilhotas pancreáticas (insulite), que precede a destruição das células ~, tem início por volta da 4a semana de vida tanto em machos quanto em fêmeas. Nestes animais a incidência do diabetes é predominante em fêmeas (com início ao redor da lSa semana) variando entre 60-90% e 10-20% em machos até 30 semanas de vida. A infiltração das ilhotas pancreáticas por células do sistema imune, seguida pela perda das célul~s ~produtoras de insulina é o aspecto histológico característico do diabetes tipo 1. Este pode envolver o contato entre células efetoras (linfócitos T CD4+ e CD8+) e célulasalvo (ilhota) resultando na liberação de mediadores solúveis. Citocinas produzidas pelas células ativadas no infiltrado inflamatório são os prováveis agentes da perda de função e destruição das células da ilhota e do diabetes. Linfócitos Thl produzem citocinas próinflamatórias como IL-2, IFN-y TNF-a contribuindo para patogênese do diabetes tipo I. Além disso, a apoptose das células ~tem sido associada com a manifestação do diabetes tanto em modelos experimentais como em humanos. Vários estudos implicam Fas, Fas-L, perforinas e TNF-a como efetores da morte por apoptose das ilhotas. No presente trabalho analisamos a expressão gênica de citocinas e componentes apoptóticos em ilhotasisoladas,pâncreas, sangueperiféricoe baço de camundongosNODnão diabéticos com idades entre 2-28 semanas de vida e diabéticos. Camundongos da linhagem CBA/j foram usados como controle. A detecção de apoptose in situ foi realizada pelas técnicas de Feu1gene TUNEL, morfometria para análise dos graus de insulite e imunoistoquímica para identificação do infiltrado inflamatório. Os resultados confirmam a presença de citocinas pró-inflamatórias em ilhotas isoladas por todo período de vida do animal. Estes dados foram correlacionados com a presença de apoptose (detectada pelas técnicas de Feulgen e TUNEL), análise da extensão da insulite e fenotipagem do infiltrado com o avanço do processo inflamatório e envelhecimento do animal. Além disso, o aumento da expressão de Fas, Fas-L e Bc1-wnos animais com intenso processo inflamatório sugere a apoptose como ocorrência de mecanismos efetores que, associada à expressão de citocinas pró-inflamatórias, correlacionam-se com o avanço dos estágios do processo inflamatório na ilhota pancreática no camundongoNOD

ASSUNTO(S)

autoimune apoptose diabetes

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