Estudo sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial: teste de associação entre marcadores genéticos e indicadores morfológicos numa amostra de fissurados labiopalatais do estado do Paraná - Brasil
AUTOR(ES)
Silva, Alcion Alves
FONTE
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-02
RESUMO
OBJETIVO: as fissuras que acometem a região do lábio e/ou palato são as anomalias faciais mais freqüentes nos seres humanos. Sua etiologia é complexa, envolvendo fatores genéticos e ambientais. Nos serviços multidisciplinares, a investigação científica das características desta deformidade sobre a população assistida é fundamental para a atuação em nível preventivo. A proposição deste estudo foi avaliar a possibilidade da estimativa do risco de fissuras labiopalatais, numa amostra de indivíduos afetados do estado do Paraná, através do teste de associação entre indicadores morfológicos (fenótipo) e uma região genética principal (genótipo). METODOLOGIA: utilizou-se o complexo do Antígeno Leucocitário Humano (HLA) como marcador. Uma amostra composta por 17 indivíduos, do gênero masculino, acometidos por fissuras labiopalatais, não sindrômicos, oriundos do Centro de Atendimento Integral ao Fissurado (Curitiba/PR), foi testada quanto à associação entre duas características morfológicas da base do crânio - ângulo basicraniano (Ba.S.Na) e dimensão da base craniana anterior (BCA) - e os tipos HLA mais freqüentes. RESULTADOS E CONCLUSÕES: o coeficiente de associação demonstrou-se fraco entre as grandezas cefalométricas representativas da morfologia basicraniana (Ba.S.Na e BCA). Entre a grandeza Ba.S.Na e os aloantígenos HLA-B, HLA-DQ e a grandeza BCA e os aloantígenos HLA-A, HLA-B, HLA-DQ e HLA-DR o coeficiente de associação indicou independência. Entre Ba.S.Na e os aloantígenos HLA-A e HLA-DR o coeficiente de associação indicou dissociação fraca. Como conclusão, não foi observada associação entre as características fenotípicas e genotípicas testadas para esta amostra, embora não tenha sido lícito afirmar ou negar a possibilidade de utilização destas como indicadores de risco para fissuras labiopalatais em outras populações.
ASSUNTO(S)
crescimento e desenvolvimento craniofacial fissuras labiopalatais genética
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