Estudo sobre contatos de pacientes com tuberculose pulmonar na região metropolitana de Goiânia

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/07/2011

RESUMO

A Tuberculose (TB) atinge milhões de pessoas anualmente e aproximadamente um terço da população mundial está infectado pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb). A detecção da infecção e o monitoramento dos contatos de TB com alto risco de adoecimento contribuiriam para o controle da disseminação da doença. Propõe-se neste estudo a avaliação de características epidemiológicas que podem contribuir para a infecção e o uso da resposta imune humoral contra o antígeno recombinante Hspx de Mtb para avaliação do risco de adoecimento em indivíduos recém infectados numa coorte de contatos de pacientes com tuberculose pulmonar. Os indivíduos incluídos foram submetidos à prova tuberculínica (PT) e coleta de sangue para dosagem de anticorpos (IgM/ IgG - ELISA). Quarenta e cinco pacientes com TBP e 177 contatos foram recrutados nos Centros de Assistência Integral a Saúde (CAIS) da região metropolitana de Goiânia de 2008 a 2009 e acompanhados por um (1) ano. Durante o acompanhamento, apenas a frequência do contato (diário) com o paciente foi associada ao status da PT no momento do diagnóstico (p=0,006). Dois (2) contatos PT positiva adoeceram, oito (8) contatos converteram a PT para positiva, seis (6) sofreram booster, 44 permaneceram PT negativa e 20 desistiram do estudo. Os níveis de IgM-Hspx encontrados foram de 0,8410,40 para os contatos PT positivos, de 0,8070,32 para os PT negativos, de 0,7320,21 para os PT convertidos e de 0,9610,48 para os que sofreram booster. Os níveis de IgM-Hspx dos contatos que adoeceram permaneceram inalterados. As dosagens de IgG-Hspx foram de 0,2420,10 nos contatos PT positiva, de 0,2370,10 nos PT negativa, de 0,1400,02 nos PT convertidos e de 0,2550,22 nos que sofreram booster, sendo significativa a diferença entre as médias (p=0,019). Os resultados obtidos mostraram que contato diário com o paciente está relacionado à PT positiva e que não houve associação entre a presença de anticorpos (IgM/IgG) e risco de adoecimento em contatos recém infectados de pacientes com tuberculose pulmonar.

ASSUNTO(S)

mycobacterium tuberculosis anticorpis contatos medicina mycobacterium tuberculosis antibody contacts

Documentos Relacionados