Estudo prospectivo e randomizado da comparação da eletroestimulação do nervo tibial posterior versus oxibutinina verusu a associação da eletroestimulação do nervo tibial posterior com a oxibutinina no tratamento de mulheres com síndrome da bexiga hipertativa = : Randomized prospective study of comparison of posterior tibial nerve stimulation versus oxybutynin versus association of posteior tibial nerve stimulation with oxybutynin in the treatment of women with overactive bladder syndrome / Randomized prospective study of comparison of posterior tibial nerve stimulation versus oxybutynin versus association of posteior tibial nerve stimulation with oxybutynin in the treatment of women with overactive bladder syndrome

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/07/2012

RESUMO

Introdução: Conforme a Sociedade Internacional de Continência (ICS), o diagnóstico clínico da bexiga hiperativa (BH) é baseado nos sintomas de urgência miccional, com ou sem incontinência de urgência, acompanhado de aumento da frequência miccional e noctúria, na ausência de fatores patológicos ou metabólicos, que explicariam estes sintomas. O tratamento através do relaxamento da musculatura vesical visa diminuir a frequência miccional diurna e noturna, aumentar o volume urinado e diminuir os episódios de urgência e incontinência de urgência. Objetivo: Comparar a eficácia do tratamento farmacológico com a estimulação do nervo tibial posterior e a associação de ambos nos sintomas de bexiga hiperativa. Pacientes e Métodos: Foram randomizado 75 mulheres com sintomas clínicos de bexiga hiperativa, divididas em 3 grupos de 25 pacientes, grupo I (G I) - eletroestimulação do nervo tibial posterior (EENTP), grupo II (G II) - oxibutinina e grupo III (G III) - eletroestimulação + oxibutinina (Multimodal). Todas pacientes responderam os questionários "International Consultation on Incontinence Short-Form" (ICIQ-Short-Form) e "International Consultation on Incontinence-OAB" (ICIQ-OAB) para avaliar a presença de incontinência urinária e os sintomas de bexiga hiperativa com escala analógica de zero a dez para quantificar o impacto causado por cada sintoma na qualidade de vida, e preencheram um diário miccional de três dias. Foram reavaliadas após o tratamento. Resultados: Foram analisados os dados de 58 pacientes, com idade média de 58 anos (p=0.76) A média de frequência urinária, noctúria e incontinência urinária não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Durante avaliação com questionário ICIQ-SF, o escore médio inicial não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p=0.88). Após o tratamento todos os grupos tiveram diminuição dos escores (p=0.31). Na avaliação após 3 meses do término do tratamento, as pacientes do G II apresentaram aumento do escore (p=0.0006). Na avaliação com questionário ICQ-OAB, o escore médio inicial não apresentou diferença entre os grupos (p=0.15). Após o tratamento, o G III apresentou melhora dos sintomas superior ao G I (p=0.01). Após 3 meses do término do tratamento, o G II teve aumento significativo do escore (p<0.0001). A média do incomodo dos sintomas na avaliação inicial não apresentou diferença entre os grupos (p=0.92). Após o tratamento todas tiveram diminuição do incomodo (p=0.06). Após 3 meses do tratamento as pacientes do G III apresentavam menor incomodo dos sintomas, em seguida as pacientes do G I e depois as do G II com incomodo maior (p<0,0001). Conclusão: O tratamento multimodal mostrou-se mais eficaz para melhora dos sintomas clínicos de bexiga hiperativa e diminuição do incomodo causado por eles, que o tratamento fisioterapêutico e a oxibutinina isoladamente.

ASSUNTO(S)

fisioterapia medicação detrusor hiperativo physiotherapy medication detrusor hiperativo

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