Estudo prospectivo da alteração de sensibilidade do nervo alveolar inferior e mentual após fratura de mandíbula e tratamento cirúrgico / Prospective study of sensorial changes of inferior alveolar and mental nerves after mandible fracture and surgical treatment
AUTOR(ES)
Gabriela Mayrink Gonçalves
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
18/03/2011
RESUMO
O tratamento das fraturas mandibulares pode ser conservador ou cirúrgico. Dentre as complicações advindas do trauma e do tratamento das fraturas, destacam-se: comprometimento de vias aéreas, sangramento, perda ou danos aos dentes e osso alveolar, não-união, má-união, infecção, desordens temporomandibulares (especialmente em fraturas de côndilo), má-oclusão e lesões aos nervos, em especial ao alveolar inferior e mentual. O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de perda de sensibilidade e de recuperação do nervo alveolar inferior e mentual em pacientes vítimas de fraturas mandibulares, que foram submetidos ao tratamento cirúrgico. Foram avaliados 19 pacientes e 27 hemimandíbulas em 6 diferentes tempos: pré-operatório (T1) , pós-operatório de 1 semana (T2), pós-operatório de 1 mês (T3), pós-operatório de 3 meses (T4), pós-operatório de 6 meses (T5) e pós-operatório de 1 ano (T6). Para esta avaliação, foram utilizados métodos subjetivos e objetivos. Os subjetivos consistiram de um questionário com perguntas objetivas avaliando a perda de sensibilidade ao paciente. Para os testes objetivos foram demarcados 9 pontos em cada hemimandíbula. Cada um desses pontos foi analisado utilizando os filamentos de Semmes-Weinstein (estesiômetro), uma agulha de calibre 0,7mm e spray refrigerante. Foram feitos testes de sensibilidade dolorosa, sensibilidade tátil, sensibilidade térmica e de tração unidirecional. Para avaliar os resultados, foram utilizados os testes qui-quadrado para a hipótese de ausência de associação entre os indicadores de sensibilidade e as respostas do questionário e o teste de Cochran-Mantel e Haenszel para hipótese de igualdade. Todos os testes objetivos mostraram uma queda na sensibilidade no T2 estatisticamente significante (p <0,0001) e uma melhora significativa após T4 (?<0,05). Os testes subjetivos mostraram associação com os objetivos, e foi observado relato de melhora da sensibilidade após T4 (p <0,0001). Assim, conclui-se que a primeira semana pós-operatória é o período em que há maiores alterações em relação a sensibilidade e que após 3 meses de pós-operatório, a recuperação chega ao seu ápice, sendo pouca diferença observada após este período.
ASSUNTO(S)
traumatismos mandibulares parestesia mandibular injuries paresthesia
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000796386Documentos Relacionados
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