Estudo porta-a-porta sobre crises epilépticas em comunidade urbana do Rio de Janeiro, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-09

RESUMO

OBJETIVO: Estudar a prevalência de crises epilépticas e epilepsia em uma população urbana de baixa renda do Rio de Janeiro. MÉTODO: Estudo de prevalência, em um modelo de duas etapas: de triagem e de confirmação diagnóstica. Foi aplicado questionário estruturado de triagem em 982 pessoas. Todos os efetivamente residentes na comunidade em primeiro de março de 2000 (dia prevalente) eram os sujeitos em potencial. A população de estudo foi aquela que constava no censo efetuado pela Escola de Enfermagen Anna Nery. Um neurologista entrevistou os sujeitos suspeitos de apresentarem crises epilépticas. RESULTADOS: Foram detectados 176 casos suspeitos de crises epilépticas: 156 casos com eventos não epilépticos e 20 com crises epilépticas. A prevalência acumulada na comunidade foi 16,3 casos por 1000 habitantes e a de epilepsia ativa foi 5,1 / 1000. Caso se considere o diagnóstico falso negativo da fase de triagem, a prevalência acumulada iria a 20,8/1000. CONCLUSÃO: Os dados de prevalência mostram-se menores do que de outros países latino-americanos e mesmo de alguns brasileiros, mas similares a outros nacionais, o que sugere diversidade geográfica e/ou diferenças metodológicas entre os estudos. A prevalência de epilepsia no Rio de Janeiro provavelmente não é tão alta quanto a de outros países latinos, principalmente nas suas regiões rurais.

ASSUNTO(S)

epilepsia prevalência estudo de campo

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