Estudo morfométrico comparativo entre três técnicas de palatoplastia para reposicionamento do palato mole
AUTOR(ES)
Froes Filho, Romualdo Rodrigues
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Estudos recentes demonstram que a incidência de fissura lábio-palatina é de 1.4 a 1.5 por 1.000 nascimentos vivos1. Pelo senso do IBGE de 2000, temos um número aproximado de 4.500 casos novos de pacientes portadores de fissuras lábio-palatinas a cada ano em nosso país. Com a maior aceitação e interação social pela recuperação estética, a preocupação com o aspecto funcional tornou-se ainda mais evidente. No convívio social, a comunicação através da voz/fala é uma das ferramentas fundamentais para o desenvolvimento pessoal. Nos pacientes com fissura palatina (FP), malformação do esfíncter velofaringeano, esta dinâmica está comprometida2. A palatoplastia é o tratamento indicado para a correção da fissura palatina. A busca pela técnica que proporcione melhores resultados é um objetivo permanente. É óbvio que a melhor análise da eficácia de uma técnica de palatoplastia é a fonação. Entretanto, outros fatores são importantes, como o reposicionamento anatômico das estruturas e a reprodutibilidade. O objetivo deste trabalho é o de comparar morfometricamente o reposicionamento conseguido por três técnicas cirúrgicas diferentes de palatoplastia através de medidas intraoperatórias e pós-operatórias imediatas. Tais procedimentos foram realizados em 30 pacientes portadores de fissura lábiopalatina unilateral, com idades que variavam entre 12 e 24 meses, sem cirurgias prévias em palato mole, sem outras co-morbidades. Todos os pacientes foram operados por um mesmo cirurgião e foram divididos em três grupos: Grupo I - Técnica de Furlow; Grupo II - Técnica de Veau-Wardil-Kilner com veloplastia; e Grupo III - Técnica de Veau-Wardil-Kilner com veloplastia e plástica em Z na mucosa nasal. Duas destas técnicas (GI e GII) são consagradas pelo uso, e a terceira (GIII) é uma modificação destas sugerida pelo autor. Nas medidas realizadas, observou-se que as três técnicas alongam o palato, com uma tendência maior no Grupo III. O conjunto muscular é mais retroposicionado nos pacientes do Grupo III. O índice de complicações foi maior nos pacientes operados pela técnica de Furlow. Os achados clínicos perioperatórios e morfométricos deste estudo sugerem que a técnica VW- K+B+Z é uma alternativa viável e promissora para o tratamento da fissura palatina. A avaliação fonológica destes pacientes em longo prazo será a resposta final para a sua aplicabilidade clínica.
ASSUNTO(S)
fissura palatina cleft palate técnica de expansão palatina palatoplasty procedimentos cirúrgicos bucais surgical techniques comparation palate extansion palato mole cirurgia palate morphometry palate reposition
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/13429Documentos Relacionados
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