Estudo macro e microscópico da resposta tecidual frente ao uso de anti-sépticos bucais e sua influência na carcinogênese

AUTOR(ES)
FONTE

Journal of Applied Oral Science

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-09

RESUMO

Estudos associam a ação do álcool na mucosa bucal como promotora da carcinogênese e a maioria dos anti-sépticos bucais contém álcool. Sua utilização com bochechos de 30 a 60 segundos indicados nos frascos possui ação tópica mais duradoura em comparação com a ingestão de bebidas alcoólicas. Este estudo objetivou analisar macro e microscopicamente a resposta tecidual da mucosa lingual de hamsters após aplicações tópicas diárias de anti-sépticos (Anapyon, Listerine, Oral B) durante o período de 13 e 20 semanas conforme metodologia de estudo da carcinogênese desenvolvida pela Disciplina de Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo. Após a morte dos animais removeu-se a língua que foi fixada em formalina 10%. Durante a macroscopia não se observaram alterações significantes e as peças cirúrgicas foram processadas conforme os procedimentos histotécnicos de rotina para coloração com HE. Três cortes seriados de cada um dos terços linguais foram avaliados e características relacionadas a hiperqueratinização, atrofia, hiperplasia e displasia epiteliais foram organizados em tabelas. Apesar da observação de displasia moderada em um caso do grupo de 20 semanas do Anapyon, os demais resultados apresentaram-se muito semelhantes ao do grupo controle (soro fisiológico), eliminando a necessidade de testes estatísticos comparativos. Através de tal metodologia, testando a ação iniciadora da carcinogênese dos anti-sépticos bucais, concluímos que não são capazes de desencadear o desenvolvimento de uma neoplasia.

ASSUNTO(S)

Álcool anti-sépticos bucais carcinogênese

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