Estudo genético da resistência e tolerância da soja à ferrugem asiática com base na produtividade de grãos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O desenvolvimento de cultivares resistentes / tolerantes poderá ser eficiente no controle da ferrugem da soja. Entretanto, como o fungo apresenta alta variabilidade genética, a resistência monogênica poderá não ser durável. De acordo com a literatura, o controle genético da ferrugem em soja ocorre por meio de genes maiores e menores expressando predominantemente efeitos aditivos. As interações genótipos por ambientes, embora significativas, não alteram a classificação dos genótipos. Os objetivos desse trabalho foram: a) estudar o controle genético da resistência e/ou tolerância da soja à ferrugem asiática envolvendo genes maiores e menores; b) estimar o potencial genético dos cruzamentos em originar linhagens que superem o melhor parental na resistência e/ou tolerância à ferrugem asiática; c) estimar a herdabilidade desta característica em sentido restrito ao nível de progênies F3; d) sugerir metodologias de melhoramento que permitam o acúmulo de alelos de genes maiores e menores nos genótipos. Foram utilizados dados de seis experimentos realizados durante três anos em Londrina, PR, entre 2005 e 2008, envolvendo cinco parentais (BR01-18437, BRS 184, BRS 231, BRS 232 e Embrapa 48) e as gerações F2, F3 e F4. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, utilizando a metodologia de cultivo em covas (1 parcela = 1 cova = 1planta). Foi corroborada a informação da literatura que a resistência / tolerância genética à ferrugem asiática é controlada por genes maiores e menores dispersos nos parentais, que expressam ação predominantemente aditiva. Sob pressão de inóculo é possível selecionar linhagens de soja resistentes / tolerantes à ferrugem asiática, com produtividades superiores ao parental com maior produtividade (BR01-18437), a partir da maioria dos cruzamentos. A herdabilidade no sentido restrito, do caráter produtividade de grãos, na presença da ferrugem asiática, variou de média a alta (0,324 a 0,815) ao nível de progênies F3, demonstrando ser possível selecionar progênies resistentes e/ou tolerantes à ferrugem asiática já nas gerações iniciais do programa de melhoramento. A metodologia proposta foi planejada para superar as dificuldades do melhorista em selecionar genes menores na presença de genes maiores. Isto é resolvido conduzindo populações segregantes F2, F3 e F4 numerosas para melhorar as chances de encontrar recombinações favoráveis e submetendo-as à pressão do patógeno para aumentar a freqüência de genótipos resistentes na população F4 ou F5, quando plantas individuais serão selecionadas para formação de progênies F5 ou F6. Conseqüentemente, a freqüência de progênies F5 ou F6 superiores (resistentes / tolerantes) possuidoras de alelos de genes menores e maiores também será aumentada.

ASSUNTO(S)

soja - ferrugem asiática plantas - resistência a doenças e pragas soybean phakopsora pachyrhizi plant genetics genética vegetal

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