Estudo fitoquímico e avaliação do potencial antiparasitário e antitumoral do extrato clorofórmico e de moléculas bioativas de Drimys brasiliensis Miers (Winteraceae) / PHYTOCHEMICAL ANALISYS AND EVALUATION OF THE ANTIPARASITIC AND ANTITUMOR POTENTIAL OF CHLOROFORM EXTRACT AND COMPOUNDS ISOLATED FROM Drimys brasiliensis MIERS (Winteraceae)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/07/2011

RESUMO

Há uma crescente necessidade de estudos com plantas medicinais para o tratamento de diversas doenças. Estudos realizados com a Drimys brasiliensis descrevem-na como possuidora de diversas propriedades medicinais, entre elas no tratamento do câncer. Este trabalho avaliou as ações citotóxicas e antiparasitárias dos diferentes extratos das cascas, caules e folhas bem como as substâncias isoladas das cascas de D. brasiliensis. O extrato foi fracionado por meio de cromatografia em coluna, utilizando como fase estacionária sílica gel e fase móvel hexano, acetato de etila e metanol. Foram isolados os sesquiterpenos drimanos poligodial, 1-β-O-p-metoxi-E-cinamil-isodrimeninol, 1-β-O-p-metoxi-E-cinamil-5α-hidroxi-isodrimeninol, 1-β-(p-metoxicinamil)-poligodial, drimanial, 1-β-(p-cumaroiloxi)-poligodial, o aromadendrano espatulenol, a lignana (-) hinoquinina, e outra em fase de identificação, além de ácidos graxos insaturados e um glicerídeo. As substâncias foram identificadas por ressonância magnética nuclear de 1H e 13C e suas estruturas foram confirmadas por comparação com dados de literatura. Os extratos das cascas, caules e folhas bem como as substâncias isoladas foram avaliadas em células tumorogênicas de leucemia mielóide (K562), linfóide aguda B (Nalm6), adenocarcinoma mamário humano (MCF-7) e melanoma murino (B16F10) in vitro nas concentrações entre 0,0001 e 1000 μg/mL. O extrato clorofórmico das cascas foi o mais ativo para todos os modelos celulares testados, com CI50 entre 4 e 22 μg/mL. Nos mesmos modelos celulares foram testados quatro drimanos e um aromadendrano. Os drimanos foram seletivos para algumas células, com destaque para o 1-β-(p-metoxicinamil)-poligodial que foi o mais ativo para todas as linhagens testadas. Os extratos e as substâncias isoladas foram avaliados em duas formas promastigotas de Leishmania e uma forma trofozoíta de Plasmodium. O extrato também foi o mais ativo. Os drimanos apresentaram resultados bastante satisfatórios com CI50 entre 1 a 42 μM e dentre eles, o 1-β-(p-cumaroiloxi)-poligodial foi o mais ativo, com CI50 entre 1 a 6 μM. Os resultados indicam que os drimanos presentes nas cascas são os responsáveis pelas atividades atribuídas a D. brasiliensis, confirmando seu uso popular no tratamento de diversas patologias que acometem o homem e gerando perspectivas de futuros aprimoramentos como medicamento para o tratamento das patologias relacionadas

ASSUNTO(S)

drimys brasiliensis sesquiterpenos drimanos atividade citotóxica atividade antiparasitária farmacia drimys brasiliensis plantas medicinais sesquiterpenes drimanes cytotoxicity activity antiparasitary activity

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