Estudo fitoquímico de piperaceas do norte e nordeste brasileiro: Piper lateripilosum Yuncker, Piper montealegreanum Yuncker, Piper mollicomum Kunth
AUTOR(ES)
Danielle Serafim Pinto
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
06/02/2012
RESUMO
O gênero Piper é o maior da família Piperaceae, com pelo menos 1000 espécies distribuídas especialmente na região Neotropical, onde cerca de dois terços das espécies descritas são encontradas. É um gênero com boa representatividade comercial e muitas aplicações medicinais. A investigação fitoquímica de espécies deste gênero, de tão grande riqueza metabólica e de vasta utilização pela medicina popular, além de suas várias atividades biológicas citadas na literatura, pode abrir perspectivas para a química, farmacologia e quimiotaxonomia. Este trabalho relata o estudo fitoquímico de três espécies de Piper, visando o isolamento e identificação de seus constituintes químicos, bem como a disponibilização de seus extratos, frações e substâncias isoladas, para realização de estudos farmacológicos. Utilizando-se métodos cromatográficos convencionais e técnicas espectroscópicas de IV e RMN de 1H e 13C uni e bidimensionais e a comparação dos dados com a literatura foi possível isolar e identificar das partes aéreas de Piper lateripilosum, coletada no Amapá, cinco amidas e dois esteróides todos isolados pela primeira vez nesta espécie. Da espécie Piper mollicomum, da Paraíba, foram isoladas uma nova amida e uma cumarina, das respectivas fases hexânica e clorofórmica do extrato etanólico bruto das folhas, além de um derivado do ácido benzóico e de uma aristolactama obtidos da fase clorofórmica do caule desta espécie. A amida está sendo relatada pela primeira vez na literatura, a cumarina pela primeira vez no gênero e o derivado do ácido benzóico e a aristolactama pela primeira vez nesta espécie. Das partes aéreas de Piper montealegreanum, coletada em Belém PA, foi possível isolar uma nova chalcona, a 3-metoxi,3,4,6-triidroxi, 2,5-dimetilchalcona, bem como reisolar os flavonóides 8-formil-3,5-diidroxi-7-metoxi-6-metilflavanona; 3-formil-3,4,6-triidroxi-2- metoxi-5-metilchalcona e (2-metoxi-3-formil-4,6-dihidroxi-5-metilfenil)-[3- (dimetilbut-6-enil)-7-fenil-(3-hidroxi)-ciclohex-2-enil]-metil-9-ona. Os extratos e algumas fases e substâncias isoladas foram disponibilizadas para a investigação da atividade antimicrobiana, hemolítica e moduladora da resistência à drogas antibacterianas.
ASSUNTO(S)
p. montealegreanum p. mollicomum p. lateripilosum piperaceae farmacologia piperaceae p. lateripilosum p. mollicomum p. montealegreanum
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2243Documentos Relacionados
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