Estudo eletropalatográfico de fones nasais em indivíduo com fissura labiopalatina

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2013

RESUMO

Esse estudo tem como objetivo descrever o padrão de contato entre a língua e o palato para um falante com fissura labiopalatina, na produção de fones consonantais nasais do português comparando-o a um falante sem alterações articulatórias. Por meio da eletropalatografia, são examinados os fones consonantais nasais [m], [n], [ɲ] no ponto de máxima constrição, verificando a região articulatória dessa constrição, por meio dos palatogramas fornecidos pelo programa de análise. Tais dados foram obtidos de um falante com alterações de fala em decorrência da fissura labiopalatina e de outro sem tais alterações, para efeito de comparação. Todos os fones analisados, produzidos pelo falante com fissura, mostraram variações quanto à região articulatória em que ocorreu a constrição, em relação ao falante normal. No fone [m] ocorreu simultaneamente oclusão labial e lingual, com amplo contato, quando o que se espera é coprodução com a vogal que se segue; no fone [n] houve recuo da língua, com constrição na região palatal; e no fone [ɲ] a constrição ocorreu em uma região mais anteriorizada, em relação ao falante normal, isto é, com avanço da língua. Tais produções consonantais eram percebidas auditivamente como distorções, mas não havia uma caracterização clara dos ajustes articulatórios usados na sua produção. Os fones nasais podem apresentar-se alterados na fala de indivíduo com fissura palatina, sendo a eletropalatografia um recurso tecnológico que possibilita a observações detalhada dessas alterações na fala.

ASSUNTO(S)

fala distúrbios da fala fissura palatina diagnóstico

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