Estudo dos efeitos do estresse prenatal no desenvolvimento e comportamento dos descendentes

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1993

RESUMO

Neste trabalho ratas da cepa Wistar, foram expostas a modalidade de estresse brando crônico imprevisível durante a segunda e terceira semana de gravidez. O regime de estresse incluiu alguns estímulos aversivos, tais como privações ocasionais de alimentação e água, agrupamento das fêmeas, exposição à luz estroboscópia por período de 2 - 3 horas. As ninhadas foram avaliadas quanto ao desenvolvimento somático e neurocomportamental. Na idade adulta apenas filhotes machos (1 por ninhada por teste) foram utilizados para realização dos seguintes testes comportamentais: campo aberto, natação forçada e desamparo aprendido, estes dois últimos conhecidos modelos de indução de depressão experimental. Os resultados demonstraram que o estresse causou redução de peso das fêmeas, redução do tamanho das ninhadas, e nas crias causou redução da distância ano-genital dos machos, adiantamento no desdobramento de orelhas e abertura de olhos. Na idade adulta, o estresse pré-natal e a manipulação na infância, afetaram o comportamento exploratório/emocional dos animais, na natação forçada demonstraram imobilidade, indicando ocorrência do desespero comportamental e no desamparo aprendido mostraram-se capazes de aprender a tarefa de fuga. Concluiu-se que o protocolo utilizado, foi comprovadamente estressante para fêmeas e crias, no entanto apesar da alteração do comportamento no campo aberto não tornou os descendentes mais susceptíveis à indução de depressão experimental.

ASSUNTO(S)

gravidez rato como animal de laboratorio depressão mental stress (psicologia)

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