Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos / STUDY OF BEHAVIORAL AND NEUROBIOCHEMICAL EFFECTS OF PIPLARTINE, ALCAMIDE ISOLATED FROM PIPER TUBERCULATUM JACQ., IN MICE

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/08/2009

RESUMO

Piper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) à uma Piperaceae muito usada no Nordeste do Brasil como condimento ou remÃdio. A piplartina (PIP), uma alcamida isolada da planta, ainda à pouco estudada e isto incentivou a investigaÃÃo do seu potencial efeito comportamental e neurobioquÃmico. Os resultados mostraram que a PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) aumentou o nÃmero de grooming e rearing de camundongos no campo aberto e reverteu a catalepsia induzida por haloperidol. O composto tambÃm apresentou efeito ansiolÃtico, no labirinto em cruz elevado, que foi revertido pelo flumazenil. A atividade hipnÃtica da PIP foi observada apenas no teste de potencializaÃÃo do tempo de sono com Ãter, mas nÃo no tempo de sono barbitÃrico. Apesar desses efeitos, a droga nÃo induziu dÃficit motor nos animais no teste do rota rod. A PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) apresentou efeito antidepressivo ao reverter a acinesia em animais prÃ-tratados com reserpina (10 mg/Kg, i.p.) e ao reduzir o tempo de imobilidade dos camundongos submetidos ao nado forÃado. Neste teste, o efeito da PIP (20 mg/Kg, i.p.) foi potencializado com a imipramina (6 mg/Kg, i.p.), mas nÃo com a paroxetina (1 mg/Kg, i.p.). AlÃm desses efeitos a PIP (100 mg/Kg, i.p.) aumentou a concentraÃÃo de NA e DA no corpo estriado dos animais, sugerindo que a droga tenha uma aÃÃo antidepressiva e prÃ-convulsivante semelhante aos ATCâs. Este Ãltimo efeito foi observado com a reduÃÃo do tempo de morte de camundongos tratados com PTZ (80 mg/Kg, i.p.). A piplartina apresentou aÃÃo antimuscarÃnica apenas sobre os tremores induzidos por oxotremorina (0,5 mg/Kg, i.p.), nÃo sendo observados outros efeitos da alcamida sobre o sistema colinÃrgico de animais tratados com pilocarpina (350 mg/Kg, i.p.) ou submetidos ao teste da esquiva-passiva ou sobre a densidade de receptores muscarÃnicos (M1 + M2). A alcamida nÃo apresentou aÃÃo anti-oxidante frente ao DPPH, mas reduziu as concentraÃÃes de TBARS e de nitrito, gerados em homogenatos de cÃrebro submetidos ao choque tÃrmico. Por fim, a droga (1, 5 e 50 Âg/mL) nÃo alterou a viabilidade de cÃlulas mesencefÃlicas de ratos e protegeu-as da aÃÃo da 6-OHDA (10 Âg/mL). Na concentraÃÃo de 100 Âg/mL, a PIP mostrou-se tÃxica, isoladamente ou associada a 6-OHDA. Estes resultados mostram que a piplartina possui importantes efeitos sobre o comportamento, que tÃm como base a interaÃÃo da droga com alguns sistemas de neurotransmissÃo e eventos bioquÃmicos celulares.

ASSUNTO(S)

farmacologia piperaceae piper tuberculatum piplartina ansiedade depressÃo antioxidante e neuroproteÃÃo piperaceae piper tuberculatum piplartine anxiety depression antioxidant and neuroprotection

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