Estudo dos Efeitos Antinociceptivos e AntiinflamatÃrios de (O-Metil)-N-Benzoil Tiramina (Riparina I) de Aniba Riparia (Nees) Mez (Lauraceae) em Camundongos / Study of Antinociceptive and Antiantiinflamatory Effects of (O-Methyl)-N-benzoyl-tyramine (riparin I) from Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae)in mice.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/08/2007

RESUMO

A riparina I, alcamida isolada do fruto verde de Aniba riparia, foi avaliada em modelos animais clÃssicos para screening de drogas com atividades antinociceptiva, antiinflamatÃria e antiulcerogÃnica, tais como, contorÃÃes abdominais induzidas por Ãcido acÃtico, teste da formalina, placa quente, edema de pata induzido por carragenina e dextrano, Ãlcera gÃstrica induzida por etanol e indometacina, edema de pata e nocicepÃÃo induzidos por glutamato, como tambÃm em modelos comportamentais que permitam excluir a possibilidade de uma atividade central induzir falsos-positivos nos modelos anteriores, tais como testes do campo aberto, rota rod e tempo de sono induzido por pentobarbital. A riparina I foi administrada de forma aguda em todos os testes, nas doses de 25 e 50 mg/kg, atravÃs das vias oral e intraperitoneal. Os resultados mostraram que esta alcamida nÃo alterou a atividade locomotora no teste do campo aberto, nem diminuiu o nÃmero de quedas no teste do rota rod, descartando a possibilidade de haver sedaÃÃo ou incoordenaÃÃo motora por parte de riparina I, de modo que tais parÃmetros gerassem falsos-positivos nos testes de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo. A avaliaÃÃo sedativa/hipnÃtica da riparina I, no teste do tempo de sono induzido por pentobarbital, mostrou uma potencializaÃÃo do sono, que parece estar envolvido com processos farmacocinÃticos ou com mecanismos de regulaÃÃo do sono, jà que o efeito sedativo nÃo foi corroborado no campo aberto. No teste das contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico, riparina I inibiu significativamente o nÃmero de contorÃÃes, sugerindo uma atividade antinociceptiva. Como este teste à inespecÃfico, jà que vÃrias classes de drogas revertem estas contorÃÃes, foram utilizados modelos mais especÃficos para avaliar a atividade antinociceptiva. No teste da formalina, riparina I inibiu significativamente o tempo de lambedura da pata, tanto na fase nociceptiva do teste, como na fase inflamatÃria. No entanto, o papel antinociceptivo de riparina I parece ser devido sua atividade antiinflamatÃria, jà que a naloxona, um antagonista opiÃide, nÃo foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo de riparina I, porÃm, a L-arginina, substrato para o mediador inflamatÃrio Ãxido nÃtrico, foi capaz de reverter este efeito. Para melhor avaliar o papel antiinflamatÃrio de riparina I, utilizaram-se outros modelos mais especÃficos. No edema de pata induzido por carragenina, riparina I foi capaz de reverter significativamente o volume de edema, nos tempos estudados, sugerindo que possa estar inibindo a produÃÃo de histamina, bradicinina, serotonina e prostaglandinas, mediadores inflamatÃrios secretados durante o processo. Como a bradicinina à um mediador nociceptivo comum a primeira fase do teste da formalina e ao edema de carragenina, este resultado sugere uma razÃo para a reversÃo significativa no tempo de lambedura de pata na primeira fase do teste da formalina. Riparina I tambÃm foi capaz de reverter, de maneira significativa, o edema de pata induzido por dextrano, sugerindo que esteja inibindo a produÃÃo de histamina e serotonina, mediadores inflamatÃrios secretados no processo. Riparina I inibiu significativamente o percentual de Ãrea ulcerada tanto em Ãlceras induzidas por indometacina como por etanol, ressaltando sua utilidade como antiinflamatÃrio nÃo ulcerogÃnico. Por fim, riparina I tambÃm foi capaz de diminuir tanto a nocicepÃÃo quanto o volume do edema de pata induzidos por glutamato, sugerindo que possa estar atuando como antagonista dos receptores glutamatÃrgicos envolvidos no processo inflamatÃrio. Concluindo, riparina I parece apresentar propriedades antiinflamatÃrias pela inibiÃÃo de mediadores como histamina, serotonina, bradicinina, prostaglandinas, glutamato e Ãxido nÃtrico, descartando o envolvimento do sistema opiÃide neste processo.

ASSUNTO(S)

farmacologia lauraceae alcamidas poliinsaturadas riparina i inflamaÃÃo mediÃÃo da dor Ãxido nÃtrico Ãcido glutÃmico analgÃsicos opiÃides Ãlcera gÃstrica lauraceae polyunsaturated alkamides riparina i inflammation pain measurement nitric oxide glutamic acid analgesics opioid stomach ulcer

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