Estudo do potencial evocado auditivo de tronco encefálico por via aérea e via óssea em crianças de até dois meses de idade

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Introdução A triagem auditiva neonatal tem sido utilizada como forma de identificação precoce da deficiência auditiva, trazendo à clínica crianças pequenas que ainda não respondem fidedignamente para avaliação auditiva comportamental. Por isso, tem-se investido em procedimentos de diagnóstico objetivos. Um exemplo disso são os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico há muito tempo utilizado na clínica com estimulação por via aérea e, recentemente, com estimulação por via óssea. Objetivo Estudar os tempos de latência para cliques por via aérea e óssea do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico em crianças de até 2 meses de idade sem perdas auditivas e, também, descrever os resultados desse teste por via aérea e via óssea de uma criança de quatro meses de idade com malformação crânio-facial. Metodologia O trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira, 12 crianças sem perdas auditivas foram avaliadas por meio do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico por via aérea e via óssea, tendo antes passado por triagem auditiva neonatal e não apresentaram indicadores de risco para perda auditiva. Na segunda parte, foi realizado um estudo de caso, com o objetivo de mostrar os resultados da avaliação de uma criança com malformação crânio-facial. Nas duas partes desta pesquisa a estimulação por via óssea foi realizada sem mascaramento contralateral. Resultados Foram avaliadas 6 crianças do sexo feminino e 6 do masculino, com idade variando de 10 a 38 dias de vida. O nível mínimo de resposta encontrado nas crianças sem perdas auditivas por via aérea e via óssea foi entre 20 e 30 dBnNA. Não houve diferença estatisticamente significante entre as orelhas e entre os sexos. O tempo de latência por via óssea foi maior do que o tempo de latência por via aérea. Já no caso da criança com malformação, o limiar para via aérea foi de 70 dBnNA e para via óssea foi de 20 dBnNA. Esses dados podem mostrar que pelo menos uma das cócleas está funcionando adequadamente, já que não foi utilizado mascaramento contralateral. Conclusão O Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico por via aérea e via óssea auxilia no diagnóstico diferencial de perdas auditivas condutiva, neurossensorial e mista, devendo ser usado na prática clínica audiológica na avaliação de crianças que não respondem fidedignamente para avaliação comportamental

ASSUNTO(S)

audição diagnóstico precoce fonoaudiologia potenciais evocados auditivos

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