Estudo do potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estímulo de fala na população pediátrica com e sem transtornos de linguagem oral: uma revisão sistemática
AUTOR(ES)
da Silva, Jéssica Dayane; Muniz, Lilian Ferreira; Gouveia, Mariana de Carvalho Leal; da Hora, Laís Cristine Delgado
FONTE
Braz. j. otorhinolaryngol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
Resumo Introdução: O potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estímulo de fala (PEATE-fala) tem sido aplicado para observar como os sons da fala se manifestam no tronco encefálico. Essa ferramenta pode ser usada em crianças na avaliação do processamento auditivo central, permite intervenções preventivas e precoces. Objetivo: Conhecer os resultados encontrados no potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estímulo de fala na população pediátrica com e sem transtornos de linguagem oral, por meio de revisão sistemática da literatura. Método: As buscas foram feitas nas bases de dados científicos Portal BVS, Pubmed, Lilacs, Medline, Scielo e Web of Science, OpenGrey.eu, DissOnline, OpenDoar, OAIster e The New York Academy of Medicine. Foi feita revisão sistemática da literatura, com os descritores auditory evoked potentials, children e seus sinônimos, combinados pelos operadores booleanos AND e OR. Foi usado o filtro de pesquisa “idade: criança”. A leitura dos estudos foi feita por pares de forma independente e em caso de discordância na inclusão de estudos um terceiro pesquisador foi consultado. Foram incluídos artigos originais do tipo caso-controle que fizeram o PEATE-fala sem ruído competitivo na população pediátrica sem e com transtornos de linguagem oral. Resultado: Foram incluídos 14 artigos publicados entre 2008 e 2019 na presente revisão. Foi observada variabilidade metodológica na realização do exame, a sílaba /da/ foi a mais usada para estimulação. Ao se fazerem médias dos grupos, observou-se que a população com distúrbio específico de linguagem apresentou maiores atrasos de latência na porção sustentada, menores valores de amplitude e slope do complexo VA. O grupo com transtorno fonológico obteve maiores valores na porção transiente das respostas. Conclusão: Crianças com alterações de linguagem de diferentes etiologias apresentam padrões de respostas do PEATE-fala distintos quando comparadas às crianças com desenvolvimento típico.
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