Estudo do comportamento do sinal eletromiográfico durante a recuperação da fadiga isométrica do bíceps braquial / Study of the behavior of electromyographic signal of the brachial biceps muscle during recovery from fatigue

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi o de verificar se o eletromiograma de superfície (EMG-S) poderia fornecer dados para a determinação do tempo de recuperação da fadiga muscular. Para isso, dados eletrofisiológicos (Freqüência Mediana, FMD; Root Mean Square, RMS) e mecânicos (Contração Voluntária Máxima, CVM) do músculo bíceps braquial cabeça longa (BBL) foram registrados por até 48 h. Sessenta homens saudáveis praticantes de musculação foram aleatoriamente distribuídos por seis grupos experimentais (n=10 por grupo). Todos os grupos passaram por três fases: REF (fase de referência, correspondente ao repouso), RES (fase de resistência à fadiga, na qual se produziu a fadiga em exercício fatigante isométrico) e REC (fase de recuperação da fadiga). A diferença do protocolo experimental entre os grupos se deu apenas na fase REC, que ocorreu em seis diferentes tempos de gravação, a saber, 1 h, 2 h, 4 h, 8 h, 24 h e 48 h após a fase RES. Na fase REF, todos os voluntários produziram, além do parâmetro CVM, mais dois registros EMG-S, realizados com 0% e 20% da CVM, dos quais foram extraídos os parâmetros FMD e RMS. Na fase RES todos realizaram um exercício fatigante isométrico com carga de 60% da CVM. Na fase REC, os voluntários dos seis grupos, nos seis respectivos intervalos de gravação, produziram os mesmos registros e parâmetros da fase REF. Todos os registros foram produzidos com o cotovelo em 900 de flexão. A análise de dados consistiu em comparar os registros REF com os correspondentes REC, para verificar se os parâmetros monitorados retornavam aos mesmos valores de REF e para identificar o tempo de recuperação. Para essa comparação, visto que os dados nem sempre seguiam uma distribuição normal, foi utilizado o teste Wilcoxon pareado. Nossos resultados sugerem que, pela CVM, a recuperação se daria em duas horas depois de RES. A FMD, que não acusou claramente uma recuperação, sugere uma tendência que pode se concluir depois de 48 h. RMS parece não funcionar como indicador de recuperação. O comportamento do RMS e a inconsistência observada entre FMD e CVM levantam questionamentos sobre a necessidade de estudar melhor os esses parâmetros, por tempos maiores de REC e com cargas superiores a 20% da CVM

ASSUNTO(S)

emg emg ciencias da saude eletromiografia superficial fadiga muscular muscular fatigue biceps brachial bíceps braquial recovery from fatigue recuperação da fadiga surface electromyography

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