ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO USO DE AGREGADOS DE ESCÓRIA DE ACIARIA EM CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A escória de aciaria já é amplamente conhecida no meio rodoviário, mas geralmente é utilizada como material granular nas camadas de base e de sub-base. Todavia, esse excelente material é muito pouco utilizado como agregado em misturas asfálticas. Portanto, tentando preencher essa lacuna, este trabalho teve por objetivo verificar a viabilidade técnica e econômica da utilização de agregados de escória de aciaria em mistura asfáltica usinada tipo CBUQ, em comparação com o mesmo tipo de mistura confeccionada com agregado gnáissico. Os estudos mostraram que o CBUQ confeccionado com escória de aciaria curada possui excelentes qualidades técnicas, superiores, inclusive, às do CBUQ confeccionado com agregados naturais. Todavia, o elevado índice de absorção da escória de aciaria demanda um maior teor de ligante que os agregados gnáissicos de mesma granulometria, o que recomenda a análise econômica do uso desse material em CBUQ, em comparação com o uso de agregados naturais. Uma análise econômica de comparação simulada neste trabalho, mostrou que, para ocorrer a igualdade de custos totais, a DMT do agregado gnáissico deverá ser cerca de 28 km maior que DMT da escória de aciaria. Através da equação de distância econômica apresentada no estudo de viabilidade, os fornecedores de escória de aciaria poderão definir uma área regional ao redor das suas áreas de estocagem, dentro da qual o uso de agregado de escória se torna mais econômico que o uso de agregados naturais, propiciando grande economia para os seus clientes. As misturas asfálticas produzidas com agregado de escória de aciaria apresentaram maior estabilidade, menor fluência e maior módulo de resiliência, sendo, portanto, mais qualificadas que as misturas com agregado pétreo natural para uso em pavimentos que serão solicitados por tráfego pesado em clima quente. O uso do agregado de escória de aciaria com cimento asfáltico de petróleo mais viscoso (CAP 30/45) potencializa a estabilidade Marshall e a resistência à deformação permanente (fluência) da mistura, minimizando os riscos de surgimento de deformações plásticas por fluência (ondulação) ou por consolidação (afundamentos nas trilhas de roda).

ASSUNTO(S)

pavimentos escória concreto betuminoso pavimentos

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