Estudo de sistemas para repulsão de peixes como alternativas de mitigação de impacto ambiental em usinas hidrelétricas e canais para abastecimento de água

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

No presente trabalho foram conduzidos experimentos em laboratório e em campo, no Brasil e Estados Unidos, para se avaliar o potencial uso de luz estroboscópica, cortina de bolhas e substância de alarme como sistemas para repulsão de peixes de áreas de riscos em usinas hidrelétricas e canais para abastecimento de água. As espécies testadas foram o mandi-amarelo (Pimelodus maculatus), piau-três-pintas (Leporinus reinhardti), Splittail (Pogonichthys macrolepidotus). Os resultados obtidos demonstram repulsão dos peixes para praticamente todos os sistemas testados, exceto para Delta smelt e Splittail expostos à luz estroboscópica em condições naturais. A luz estroboscópica demonstrou maior eficiência para repelir os peixes em freqüência de emissão de flashes de 360 flashes/min. Além disso, para a maioria das espécies testadas a luz causou maior repulsão à noite e o mandi-amarelo pode ser atraído pela luz em freqüência de 92 flashes/min durante o dia. Os experimentos conduzidos com cortina de bolhas não foram conclusivos, mas, aparentemente, esse sistema pode ser eficiente para repelir mandis-amarelos. A utilização de substância de alarme como um possível sistema biológico para repulsão de mandis-amarelos apresenta grande potencial, tendo em vista a reação de fuga apresentada pela espécie quando expostas ao macerado de pele. No entanto, uma série de considerações devem ser levadas em conta para utilização dessa substância. Da mesma forma, vários testes ainda precisam ser conduzidos para melhores conclusões acerca da utilização desses sistemas em usinas hidrelétricas, mas uma boa base de informações a respeito do comportamento de duas espécies brasileiras aos estímulos testados foi adquirida.

ASSUNTO(S)

engenharia mecânica teses.

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