Estudo de coorte dos fatores associados à sobrevivência pós-parada cardiorrespiratória

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/10/2015

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: A parada cardiorrespiratória é comum e, mesmo com tratamentos de emergência eficientes, associa-se a prognósticos ruins. A identificação de fatores preditores de sobrevivência após ressuscitação cardiopulmonar pode fornecer informações importantes para equipe de saúde e familiares. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados à sobrevivência, após um ano de seguimento, de pacientes atendidos em parada cardiorrespiratória. DESENHO E LOCAL: Estudo de coorte prospectivo realizado no serviço de emergência de um hospital universitário. MÉTODOS: O critério de inclusão foi o atendimento de paciente em parada cardiorrespiratória no serviço de emergência (n = 285). Os dados foram coletados por meio do modelo In-hospital Utstein Style. Para verificar quais variáveis associaram-se à sobrevida, utilizou-se regressão de Cox (nível de significância 95%). RESULTADOS: Após um ano, a sobrevida foi baixa. Dos pacientes atendidos, 39,6% tiveram retorno da circulação espontânea, 18,6% sobreviveram até as primeiras 24 horas, sendo que, destes, 5,6% obtiveram alta hospitalar e 4,5% permaneceram vivos após um ano de seguimento. Pacientes com atividade elétrica sem pulso apresentaram duas vezes menos chances de sobreviver que aqueles com fibrilação ventricular. Nos pacientes com assistolia, as taxas de sobrevida foram 3,5 menores quando comparados aos com atividade elétrica sem pulso. CONCLUSÕES: O ritmo cardíaco inicial foi o fator preditor que melhor explicou a sobrevida. O ritmo de atividade elétrica sem pulso associou-se a menor sobrevida quando comparado a fibrilação ventricular, enquanto o ritmo de assistolia relacionou-se a ainda menor sobrevivência em relação à atividade elétrica sem pulso.

ASSUNTO(S)

parada cardíaca ressuscitação cardiopulmonar análise de sobrevida serviços médicos de emergência epidemiologia

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