Estudo de base populacional na zona rural: metodologia e desafios
AUTOR(ES)
Gonçalves, Helen, Tomasi, Elaine, Tovo-Rodrigues, Luciana, Bielemann, Renata Moraes, Machado, Adriana Kramer Fiala, Ruivo, Ana Carolina Oliveira, Bortolotto, Caroline Cardozo, Jaeger, Gustavo Pêgas, Xavier, Mariana Otero, Fernandes, Mayra Pacheco, Martins, Rafaela Costa, Hirschmann, Roberta, Silva, Thais Martins da, Assunção, Maria Cecília Formoso
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/09/2018
RESUMO
RESUMO OBJETIVO Descrever o planejamento, a amostragem, os aspectos operacionais do campo e a amostra obtida durante pesquisa realizada na zona rural, especificando e discutindo as principais dificuldades logísticas peculiares a esses locais e as soluções adotadas. MÉTODOS Entre janeiro e junho de 2016, foi realizado inquérito transversal de base populacional, com amostra representativa da população com 18 anos de idade ou mais residente na zona rural de Pelotas (cerca de 22 mil), RS, Brasil. Foram coletadas informações demográficas, socioeconômicas e relacionadas à saúde, como consumo de bebidas alcoólicas, consumo de cigarros, sintomas depressivos, qualidade da alimentação, qualidade de vida, atividade física, satisfação com a unidade de saúde, excesso de peso ou obesidade e problemas do sono. RESULTADOS Em 720 domicílios amostrados, 1.697 indivíduos foram identificados e 1.519 foram entrevistados (89,5%). O estudo, inicialmente, sorteou 24 setores e propôs-se a visitar 42 domicílios/setor, mas foram necessárias adequações metodológicas, especialmente a redução do número de domicílios por setor (de 42 para 30) e a identificação de núcleos habitacionais nos setores. As principais razões para as adequações foram dificuldade de acesso aos locais, grandes distâncias entre residências, equívocos nos dados geográficos disponíveis via satélite (não condiziam com a realidade) e alto custo. CONCLUSÕES O prévio reconhecimento detalhado do ambiente de pesquisa foi fundamental para a tomada de decisão perante às inconsistências geográficas entre mapas e território. As estratégias e técnicas dos estudos na zona urbana não são aplicáveis à zona rural no que tange ao contexto observado em Pelotas. As medidas adotadas, mantendo o rigor metodológico, foram fundamentais para garantir a execução do estudo no tempo planejado e com os recursos financeiros disponíveis.
ASSUNTO(S)
inquéritos epidemiológicos, métodos coleta de dados, métodos população rural estudos transversais
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