Estudo das manobras da deglutição nas disfagias orofaríngeas

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/01/2011

RESUMO

Objetivo: Verificar quais variáveis interferem na eficácia das manobras da deglutição nos pacientes com disfagia orofaríngea. Método: Realizou-se o levantamento de laudos dos Protocolos de Anamnese dos Distúrbios da Deglutição de Adultos e do Estudo Dinâmico da Deglutição por Imagem (EDDI) de 77 pacientes com diagnóstico de disfagia orofaríngea. Foram feitas três análises estatísticas: a primeira considerou os achados dos exames da amostra de 77 pacientes, a segunda, os laudos dos 46 pacientes com disfagia neurogênica e a última, os 31 laudos de pacientes com disfagia mecânica. Resultados: A manobra de flexão de pescoço mostrou-se ineficaz nos pacientes com disfagia grave (62,5%) e com prejuízo médio das funções orofaríngeas (54,5%). A manobra de deglutições múltiplas foi não eficaz em 75% das vezes nos pacientes com disfagia grave e em 100% das vezes nos pacientes com disfagia neurogênica e com resíduos em recessos piriformes. A eficácia da manobra de deglutições múltiplas foi verificada no grupo com fase oral levemente comprometida (60,6%) e nos pacientes com disfagia mecânica com ausência de atraso do início da deglutição faríngea (83%). A manobra de tosse foi mais eficaz no grupo DM (75%), assim como a manobra de pigarro que mostrou-se 75% eficaz na eliminação dos resíduos em dorso de língua. No grupo DN a manobra de pigarro foi parcialmente eficaz (100%) para a eliminação da quantidade moderada de resíduos. Conclusões: As variáveis grau de disfagia, funções orofaríngeas, quantidade de resíduos, local dos resíduos e atraso para iniciar a deglutição faríngea foram fatores preditivos para redução da eficácia das manobras da deglutição realizadas neste estudo.

ASSUNTO(S)

deglutiçao transtornos de deglutiçao fonoaudiologia

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