Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens. / Study of cytotoxic and antitumour activities of withaphysalins isolated from Acnistus arborescens.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/07/2008

RESUMO

As vitafisalinas sÃo lactonas esteroidais (C28), estruturalmente baseadas no esqueleto do ergostano, comumente encontradas em plantas da famÃlia Solanaceae. A fim de avaliar as propriedades anticÃncer desses compostos, cinco vitafisalinas [O, F, M, N e (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1 - oxovita-3-24-enolido] isoladas da Acnistus arborescens, planta tÃpica do nordeste brasileiro, foram analisadas utilizando diversos modelos biolÃgicos. Todas as cinco vitafisalinas mostraram efeitos citotÃxicos em linhagens de cÃlulas tumorais, sendo a vitafisalina O a mais potente e a vitafisalina (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1-oxovita-3 - 24-enolido) a menos potente. Ao compararmos as estruturas quÃmicas das vitafisalinas e suas atividades, foi observado que a ligaÃÃo dupla entre os carbonos 2 e 3 à essencial para os efeitos citotÃxicos desses compostos. No entanto, as vitafisalinas (O, F e N) nÃo mostraram qualquer especificidade para linhagens tumorais, jà que tambÃm apresentaram efeitos citotÃxicos e genotÃxicos, semelhantes, em cÃlulas leucÃmicas (HL-60) e em cÃlulas normais (PBMC). A viabilidade celular e curvas de crescimento foram determinadas, para as linhagens de HL-60 e K-562, utilizando o ensaio de exclusÃo de azul de tripan. As vitafisalinas O, F, M e N reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis de modo dose e tempo dependente, apresentando valores de CI50 variando de 0,7 a 3,5 μM apÃs 72 horas de incubaÃÃo. Nas mesmas linhagens leucÃmicas, as vitafisalinas tambÃm inibiram a sÃntese de DNA, causaram alteraÃÃes morfolÃgicas tÃpicas de apoptose, e apenas na linhagem HL-60 induziram a ativaÃÃo da caspase-3. AlÃm disso, foi realizado, em cÃlulas de HL-60, a anÃlise da integridade da membrana celular, distribuiÃÃo do ciclo celular, fragmentaÃÃo de DNA e o potencial transmembrÃnico de mitocÃndria, utilizando citometria de fluxo. Nestes experimentos, as vitafisalinas O e F, somente na concentraÃÃo de 10 μM, reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis para 60 e 40%, respectivamente. Na anÃlise do ciclo celular, ambas vitafisalinas, na concentraÃÃo de 5 μM, causaram um acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M do ciclo celular. Ambas vitafisalinas tambÃm causaram um aumento significativo do nÃmero de cÃlulas apresentando fragmentaÃÃo de DNA. Os resultados da anÃlise do potencial transmembrÃnico de mitocÃndria mostraram um aumento na despolarizaÃÃo de 4,7, 17,5 e 9,1% causado pela vitafisalina O e de 7,6, 16,6 e 5,6% pela vitafisalina F. O efeito antitumoral (in vivo) da vitafisalina F foi analisado em camundongos transplantados com o tumor Sarcoma 180, nas doses de 5, 10 e 20 mg/Kg/dia por via intraperitoneal e na dose de 20 mg/Kg/dia por via oral. O crescimento do tumor foi inibido em mais de 76% na maior doses testada (20mg/Kg/dia), tanto por via intraperitoneal quanto por via oral. A anÃlise histopatolÃgica dos ÃrgÃos dos animais mostraram que a vitafisalina F provoca efeitos tÃxicos moderados, principalmente no fÃgado e nos rins, mas esses podem ser considerados como reversÃveis. Tendo em vista todos estes dados, pode concluir-se que as vitafisalinas podem ser consideradas como uma classe emergente de novos compostos anticÃncer.

ASSUNTO(S)

farmacologia vitafisalina apoptose solanaceae withaphysalin apoptosis solanaceae ensaios de seleÃÃo de medicamentos antitumorais

Documentos Relacionados