Estudo da viabilidade do uso de blendas de poliestireno reciclado e polipropileno

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O desenvolvimento e o crescimento tecnológico, sem dúvida, trouxeram grandes benefícios à sociedade. Mas, aliado a este crescimento encontra-se um comportamento de consumo desenfreado, que provoca vários efeitos adversos. Entre eles, destaca-se a poluição do meio ambiente. A interferência no meio ambiente gera resíduo e dentre estes se destaca o sólido, uma vez que seu grau de dispersão é bem menor que os gasosos e líquidos. Os resíduos sólidos plásticos demoram centenas de anos para se decompor. O consumo mundial projetado para 2004 somente de termoplásticos é da ordem de 183 milhões de toneladas. Para o Brasil o dado da transformação de poliestireno, material plástico inserido neste trabalho e usado na produção de descartáveis, é bastante significativo, apresentando consumo aparente de aproximadamente 320 000 ton/ano. Baseado nestes argumentos, este trabalho tem como objetivo principal verificar as propriedades mecânicas da blenda de poliestireno reciclado e polipropileno, utilizando como matérias-primas copos plásticos descartáveis pós-consumo e polipropileno virgem. O poliestireno de alto impacto pós-consumo utilizados no trabalho são copos descartáveis coletados nas cantinas e bebedouros da escola SATC/SENAI, através de um coletor seletivo. Para a caracterização foram misturados manualmente diferentes teores de poliestireno em polipropileno virgem e corpos de prova, normalizados, foram preparados por injeção sendo analisados quanto ao comportamento de suas propriedades mecânicas. As propriedades mecânicas analisadas foram: a resistência à tração, flexão, dureza, resistência ao impacto e densidade relativa, seguindo os métodos das normas ASTM. Embora a blenda de HIPS e PP seja uma mistura considerada imiscível, os resultados obtidos foram satisfatórios para algumas propriedades mecânicas e ótimas para outras, como é o caso da tensão na ruptura, que é semelhante às tensões do PP virgem. Já para o alongamento e resistência ao impacto o que se observou foi uma queda significativa em função do acréscimo de HIPS na blenda. O que se pode concluir é que as formulações são perfeitamente possíveis para determinados produtos, onde o esforço mecânico não é tão exigido.

ASSUNTO(S)

ciencia dos materiais polipropileno poliestireno engenharia de materiais e metalurgica engenharia de materiais blendas polimericas - reaproveitamento

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