Estudo da variabilidade interobservadores das medidas ultrassonográficas do diâmetro biventricular externo/ comprimento do fêmur, nos modos M e B, em fetos de gestantes isoimunizadas

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/12/2010

RESUMO

A isoimunização materna aos antígenos eritrocitários é doença grave que ainda afeta elevado número de gestantes no Brasil, mesmo já existindo profilaxia para a maioria dos casos. Para diminuir a morbimortalidade perinatal, a propedêutica da anemia fetal irá indicar o tratamento adequado. Devido às complicações relativas aos procedimentos invasivos para acompanhamento fetal (amniocentese e cordocentese), métodos não invasivos foram desenvolvidos com base em estudos da fisiopatologia da doença fetal. O feto anêmico apresenta aumento das câmaras cardíacas, o que pode ser verificado a partir da medida do índice cardiofemoral (diâmetro biventricular externo do coração fetal/ comprimento do fêmur) alterado. É método com acurácia já comprovada em vários trabalhos concluídos no Centro de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. No presente estudo, avalia-se a reprodutibilidade do índice cardiofemoral. Objetivo: estudo da variabilidade interobservadores das medidas ultrassonográficas do diâmetro biventricular externo do coração fetal/ comprimento do fêmur nos modos M e B, em fetos de gestantes isoimunizadas. Pacientes e métodos: foram acompanhados, quanto à anemia fetal, 18 fetos de 16 gestantes isoimunizadas, no Centro de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, por métodos não invasivos, no período de julho de 2008 a abril de 2009. Os exames foram realizados por dois examinadores, no mesmo dia, consecutivamente, os quais mediram o diâmetro biventricular externo do coração fetal pelo modo bidimensional (modo B) e pelo modo movimento (modo M). Apenas um comprimento de fêmur fetal de um dos examinadores foi utilizado para o cálculo do índice cardiofemoral. O aparelho de ultrassom utilizado foi SONOACE 8.800 (MEDSOM®) com sonda setorial de 3,5 Mhz e filtro acústico de 100 Hz. Os métodos estatísticos utilizados foram o cálculo do erro interobsevadores, a análise de concordância entre métodos de Bland- Atman e o índice de concordância de kappa. Resultados: foram realizadas 168 avaliações ultrassonográficas do diâmetro biventricular externo do coração fetal nos modos M e B pelos dois examinadores. Das 56 avaliações em comum realizadas pelos examinadores 1 e 2 no modo M, o erro interobsevadores teve média de 6,2% ± 5%, o plot de Bland-Altman demonstrou boa concordância entre as medidas e, a partir do índice de kappa linear, o valor encontrado de 0,5 indica concordância moderada no diagnóstico dilatação cardíaca fetal. No modo B foram 42 avaliações em comum, o erro interobsevadores teve média de 5,8% ± 7,1%, o plot de Bland-Altman demonstrou boa concordância entre as medidas e o índice de kappa linear teve valor de 0,43, o que indica concordância moderada. Conclusão: houve boa concordância entre as medidas ultrassonográficas do diâmetro biventricular externo do coração fetal/ comprimento do fêmur, nos modos M e B, dos examinadores 1 e 2, considerando-se a análise de concordância entre métodos de Bland-Altman. Verificou-se concordância moderada interobservadores no diagnóstico de dilatação cardíaca fetal, considerando-se o índice de concordância de kappa.

ASSUNTO(S)

antropometria decs fêmur/ultrassonografia decs coração fetal/ultrassonografia decs dissertações acadêmicas decs mulheres saúde e higiene. ginecologia. obstetrícia. isoimunização rh decs anemia neonatal decs ecocardiografia decs desenvolvimento fetal decs ultrassonografia pré-natal decs

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