Estudo da regeneração nervosa em modelo experimental de ratos diabéticos / Nerve regeneration in an experimental diabetic rat model

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/06/2012

RESUMO

INTRODUÇÃO: Embora a população diabética seja extremamente significativa e crescente nos últimos anos, os estudos envolvendo regeneração nervosa e diabetes mellitus (DM) não são muitos e, frequentemente, mostram resultados conflitantes e pouco conclusivos. O objetivo deste trabalho foi estudar a regeneração nervosa em ratos diabéticos. MÉTODOS: O trabalho foi realizado no Laboratório de Microcirurgia Experimental (LIM 4) do HC-FMUSP. Utilizaram-se 40 ratos machos, que foram separados em 2 grupos principais, cada um com 20 animais: grupo controle e grupo diabetes. Cada grupo foi subdividido em 2 subgrupos de 10 animais: controle com neurorrafia término-terminal (CN), controle com enxerto de nervo (CE), diabético com neurorrafia términoterminal (DN) e diabético com enxerto de nervo (DE). A indução do DM foi feita pela inoculação de estreptozotocina na dose de 60mg/Kg, por via intraperitoneal e após 8 semanas os animais foram submetidos à cirurgia. Diversas avaliações foram feitas: massa corporal, glicemias, testes da marcha e eletrofisiológico, índice de peso do músculo tríceps sural (pata operada/não operada) e análises histomorfométricas. RESULTADOS: Ocorreram 3 óbitos, 1 no CN, 1 no DN e 1 no DE. Nas avaliações pósoperatórias o peso dos animais do grupo controle foi maior que o do grupo diabetes (p<0,05). Todos os ratos do grupo diabetes mostraram níveis glicêmicos bem superiores aos do grupo controle (p<0,05), mantendo-se sempre maiores que 200mg/dL. No 20o PO o teste da marcha foi mais próximo do normal nos animais do grupo controle do que no grupo diabetes (p<0,05), sendo melhor nos subgrupos com neurorrafia do que com enxerto de nervo (p<0,05). No 40o PO o panorama se manteve, exceto pela comparação do DN com o DE (p>0,05). Já no 60o PO o teste foi semelhante entre os animais do grupo controle (CN e CE) e o DN (p>0,05), se mostrando pior no DE (p<0,05). No teste eletrofisiológico com 60 dias de evolução, as amplitudes do potencial evocado foram semelhantes entre os subgrupos controles e diabéticos (p>0,05). O índice de peso do músculo tríceps sural foi maior no CN em comparação com os outros 3 subgrupos (p<0,05), não se verificando o mesmo nas demais comparações (p>0,05). No 60o PO não se encontraram diferenças estatisticamente significativas na comparação dos subgrupos controles e diabéticos em relação à densidade axonal, medidas das áreas das secções transversas das fibras nervosas, dos axônios e das células de Schwann. CONCLUSÕES: O teste da marcha mostrou que a recuperação funcional foi mais rápida nos animais do grupo controle, porém, com 60 dias, o DN apresentava uma recuperação semelhante aos animais controles, ao passo que o DE ainda não. A resposta da musculatura tríceps sural ao estímulo do nervo ciático com 60 dias de evolução, verificada no teste eletrofisiológico, se mostrou parecida nos animais controles e diabéticos, não havendo diferença estatística. A atrofia muscular, vista pelo índice de peso do músculo tríceps sural, foi menor em CN, porém sem diferença estatística entre CE, DN e DE. A densidade de axônios, assim como os calibres das fibras nervosas e dos axônios não foram estatisticamente diferentes nos animais diabéticos no 60o PO

ASSUNTO(S)

sciatic nerve diabetes diabetes nerve regeneration nervo ciático ratos wistar rats wistar regeneração nervosa

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