Estudo da origem interplanetária e solar de eventos de atividade auroral contínua e de longa duração / A study of the interplanetary and solar origin of high intensity long duration and continuous auroral activity events

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/02/2005

RESUMO

Esta tese consistiu no estudo das causas solares e interplanetárias e das conseqüências geoefetivas de 14 eventos HILDCAAs ocorridos entre os anos de 1998 e 2001. Estes eventos foram usados por seguirem rigidamente os critérios de seleção para este tipo de fenômeno. No meio interplanetário os HILDCAAs estão associados a feixes rápidos ricos em flutuações alfvénicas. No Sol, estes feixes têm origem em buracos coronais, que foram relacionados à ocorrência de cada um dos eventos. Dados de campo magnético do meio interplanetário e do índice AE tiveram suas periodicidades analisadas por técnicas clássicas, como espectro de potência, e também por técnicas modernas, como Multitaper e Wavelets. As análises de periodicidades mostraram que esses eventos são altamente complexos e suas componentes de freqüência são numerosas e variáveis de evento para evento. A análise por wavelets foi a que se mostrou mais eficiente para análise deste tipo de sinal, e indicou que flutuações de longo período de Bz (maiores que 64 minutos) foram as que resultaram em maior atividade do índice AE. A análise por multi-resolução mostrou que, pela filtragem das altas freqüências, é possível obter uma elevada correlação entre Bz e AE. Na ionosfera auroral, os HILDCAAs foram estudados a partir de imagens do instrumento UVI, a bordo do satélite POLAR. Estas imagens de emissão de partículas mostraram pela primeira vez a intensidade e distribuição da emissão durante estes fenômenos. As formas aurorais durante HILDCAAs são brandas e bem distribuídas ao longo de toda a oval auroral e algumas vezes cobrindo toda a calota polar. Foi investigado se os eventos HILDCAAs eram ou não uma forma contínua de subtempestades. Os resultados mostraram que a atividade contínua dos eletrojatos aurorais não correspondem à subtempestades, embora elas possam ocorrer esporadicamente durante os HILDCAAs. Foi desenvolvido um método para quantificação da emissão auroral a partir das imagens do POLAR/UVI. Estas medidas, além de fornecerem a taxa de emissão de partículas para eventos HILDCAAs, mostraram que o efeito integrado desta emissão ao longo de vários dias pode ser maior do que durante algumas tempestades geomagnéticas intensas. A análise de elétrons na faixa de 40-400 KeV mostrou que durante eventos HILDCAAs ocorre uma injeção contínua de killer electrons em órbitas próximas à Terra (entre L=2 e L=4) por um período de vários dias. O efeito integrado destas injeções de elétrons pode ser altamente danoso para equipamentos e sensores embarcados em satélites em órbitas nestas regiões, justificando assim a necessidade de estudos, como o desenvolvido na presente Tese, da variabilidade do Clima Espacial durante a ocorrência de eventos HILDCAAs.

ASSUNTO(S)

geofÍsica espacial atividade auroral eletrojeto auroral auroras vento solar buracos coronais tempo do espaço ondas magnetohidrodinâmicas space geophysics auroral activity auroral electrojets auroras solar wind coronal holes space weather magnetohydrodinamic waves

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