ESTUDO DA FONAÇÃO E DA RESPIRAÇÃO, COM APOIO ABDOMINAL EXPANDIDO E CONTRAÍDO, EM CANTORES LÍRICOS
AUTOR(ES)
Denise Pimentel Diniz de Souza
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Objetivo: Analisar o ajuste do trato vocal e do diafragma de cantores líricos nos dois tipos de apoio respiratório: musculatura abdominal expandida (abdômen para fora) e abdômen contraído (para dentro), por meio de avaliações videofluoroscópica, laringológica e perceptivo-auditiva. Método: Foram selecionados oito cantores profissionais, quatro do sexo masculino e quatro do sexo feminino, que trabalhavam com canto lírico. Foram submetidos ao estudo dinâmico da fonação por imagem, por meio de videofluoroscopia, com registro de suas imagens e voz durante as emissões solicitadas. Também realizaram exame de nasofibroscopia para análise da configuração laríngea, registrando as mesmas emissões do exame videofluoroscópico. O estudo qualitativo analisou todos os cantores; o quantitativo ateve-se apenas às cantoras. A seguir, foi realizada a análise perceptivo-auditiva vocal de todos os cantores. Todas as análises foram realizadas comparando-se a respiração abdominal expandida com a abdominal contraída. Resultados: Foram observadas diferenças expressivas entre os apoios em relação à posição laríngea, área da faringe, movimentação vertical da mandíbula e deslocamento do músculo diafragma. Os parâmetros da avaliação perceptivo-auditiva de ambos os apoios foram: sensação de abertura ou tensionamento da garganta, variação no volume, mudança na ressonância e mudança na cor de voz. Conclusão: Com relação ao apoio abdominal expandido observamos no trato vocal: laringe em posição abaixo do repouso, faringe com área mais ampla, mandíbula em maior movimentação vertical, cúpula diafragmática com maior estabilidade e maior distância entre a raiz da língua e a parede posterior da faringe. O apoio abdominal contraído determinou, no trato vocal: proximidade da laringe à posição de repouso, menor área da faringe, pregas vocais com adução glótica completa e, eventualmente, hiper-aduzidas. Na respiração verificamos grande movimentação e médio encurvamento da cúpula diafragmática nos finais de frases da emissão cantada e nas freqüências agudas. A avaliação perceptivo-auditiva registrou maior volume (loudness) e sensação de garganta abertano apoio expandido, e mudança de ressonância e cor de voz no apoio contraído.
ASSUNTO(S)
respiration distúrbios da comunicação canto lírico fonoaudiologia respiração
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.utp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=240Documentos Relacionados
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