Estudo da fluorescencia nativa de mucosa oral normal : busca de um padrão de normalidade

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O fotodiagnóstico ou diagnóstico por fluorescência é um método complementar ao exame anátomo-patológico para detectar alterações morfológicas dos tecidos biológicos. A presente tese, apresentada segundo o formato alternativo estabelecido pela Comissão de pós-graduação da Unicamp, consta de três artigos e teve por objetivos: (1) estudar o efeito fotodinâmico, principalmente sob o ponto de vista diagnóstico, revendo a literatura sobre sua aplicação na cavidade bucal; (2) analisar através de estudo experimental em cães, a fluorescência nativa da mucosa oral avaliando a relação da mesma com diferentes sítios e estruturas; (3) desenvolver e validar um protótipo de fonte de luz e um método para estimulação e captação das fluorescências nativas em cavidade bucal de humanos; (4) avaliar os espectros de fluorescência assim obtidos , no sentido de determinar um padrão de fluorescência para mucosa oral normal. Para a elaboração desta tese foram utilizados 20 cães e 2 grupos de estudo compostos por 50 e 100 adultos normais, respectivamente. A revisão de literatura demonstrou que, embora exista grande quantidade de estudos sobre a fluorescência nativa, poucos se referem ao tecido normal, sem alterações patológicas. O projeto piloto (Capítulo 1) teve como objetivo principal estudar a fluorescência nativa produzida por radiação ultravioleta nos tecidos biológicos e desenvolver a metodologia necessária para realizar fotodiagnóstico, utilizando um modelo animal. A partir dos resultados deste estudo e da revisão de literatura, desenvolvemos uma fonte de luz adequada para a realização do fotodiagnóstico em humanos. Esta fonte de luz consiste em três diodos emissores de luz ultravioleta (LEDs) com comprimento de onda de 410 nm e foi desenvolvida e testada com auxílio de uma empresa nacional do ramo. O Capítulo 2 apresenta resultados preliminares em humanos, comprovando que o método desenvolvido para o estudo da espectroscopia demonstra sensibilidade para detectar a fluorescência nativa na mucosa oral. No último artigo (Capítulo 3) são apresentados os resultados do estudo em um grupo de 100 voluntários, nos quais foram avaliados três sítios da mucosa bucal freqüentemente sujeitos a alterações. Foi possível evidenciar características comuns ao espectro de cada sítio, bem como algumas particularidades inerentes a condições e hábitos pessoais. O conjunto de trabalhos desenvolvidos, evidencia a importância do estudo da fluorescência nativa da cavidade bucal e seu grande potencial como método diagnóstico precoce e não invasivo de alterações da mucosa oral

ASSUNTO(S)

espectroscopia de fluorescencia fluorescencia mucosa oral

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