Estudo da expressão imunoistoquimica de SPLUNC1, SPLUNC2 e LPLUNC1 nas glandulas salivares, lingua e palato de fetos humanos / Immunohistochemical expression study of SPLUNC1, SPLUNC2 and LPLUNC1 in salivary glands, tongue and palate of human fetus

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

INTRODIÇÃO: As proteínas da família PLUNC (“palate, lung and nasalepithelium clone”), as quais são expressas no trato aéreo superior e na cavidade bucal humana, podem ser responsáveis por mediar a resposta imune inata e interagir com a superfície bacteriana. Entretanto, sabe-se muito pouco sobre a expressão destas proteínas nas glândulas salivares durante o período embrionário humano. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi analisar a expressão imunoistoquímica de SPLUNC1, SPLUNC2 e LPLUNC1 em glândulas salivares maiores e menores, língua e palato de fetos humanos. MATERIAIS e MÉTODOS: A amostra do presente estudo foi composta por 26 fetos humanos com idade variando entre 12 e 25 semanas de vida intra-uterina. As glândulas parótidas (n=7), submandibulares (n=13) e sublinguais (n=5) e as glândulas salivares menores [lábio (n=18), palato (n=9) e língua (n=6)] foram classificadas de acordo com os estágios de morfodiferenciação. A marcação imunoistoquímica citoplasmática das glândulas salivares, epitélio respiratório palatino e epitélio lingual, foi avaliada como positiva ou negativa. RESULTADOS: Dentre os 26 fetos avaliados, 13 (50%) apresentaram positividade para SPLUNC1 nos plugues de mucina dos ductos estriados e no citoplasma dos ácinos mucosos. Os dois casos positivos para LPLUNC1 apresentaram expressão citoplasmática na porção apical das células do ducto estriado primitivo. Nenhum dos casos apresentou marcação positiva para os anticorpos SPLUNC2A e SPLUNC2B. Os estágios de morfodiferenciação avançados (estágio canalicular e broto terminal) prevaleceram entre os fetos que apresentaram positividade para SPLUNC1. Tecidos que estavam adjacentes as glândulas salivares avaliadas, como células do epitélio respiratório associado à região do palato (n=6) e curiosamente, do epitélio escamoso de superfície da língua associado às glândulas salivares menores da região lingual (n=3), também apresentaram marcação positiva para SPLUNC1. Os resultados do presente estudo sugerem que a expressão de SPLUNC2 em glândulas salivares inicia na vida pós-natal. A expressão da proteína LPLUNC1 nas células ductais durante a vida intra-uterina precisa ser melhor estudada, visto que apenas dois casos foram positivos para esta proteína. CONCLUSÕES: A proteína SPLUNC1 inicia sua expressão durante a vida intra-uterina, nas glândulas salivares em estágio de morfodiferenciação avançado (estágio canalicular e broto terminal). Estudos com métodos mais sensíveis devem ser realizados para avaliar e quantificar a expressão de SPLUNC1 e LPLUNC1 em glândulas salivares maiores e menores de fetos humanos, visando entender melhor a função destas proteínas na vida intra-uterina.

ASSUNTO(S)

imunidade morfogenese saliva desenvolvimento embrionario immunity morphogenesis saliva embryonic development

Documentos Relacionados