Estudo da estabilidade térmica de adoçantes naturais e artificiais
AUTOR(ES)
Rosimere Maria Lima Freire
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
11/01/2010
RESUMO
Os adoçantes proporcionam uma agradável sensação de doçura, que auxiliam na qualidade sensorial da dieta humana, os quais podem ser divididos em adoçantes naturais, como a frutose, galactose, glicose, lactose e sacarose; e artificiais, tais como aspartame, ciclamato e sacarina. Este trabalho teve como objetivo estudar a estabilidade térmica destes adoçantes em atmosferas de nitrogênio e ar sintético utilizando-se a Termogravimetria (TG), Termogravimetria Derivada (DTG), Análise Térmica Diferencial (DTA) e Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC). Entre os adoçantes naturais analisados verificou-se uma maior estabilidade térmica para a lactose e sacarose, que apresentaram temperaturas iniciais de decomposição térmica próximas de 220 C, tendo a lactose vantagem por possuir um maior ponto de fusão (213 C) em relação à sacarose (191 C). A menor estabilidade térmica foi observada para a frutose, que apresentou o menor ponto de fusão (122 C), assim como uma menor temperatura inicial de decomposição térmica (170 C). Dos adoçantes artificiais estudados verificou-se uma maior estabilidade térmica para a sacarina sódica, que apresentou o maior ponto de fusão (364 C), assim como a maior temperatura inicial de decomposição térmica (466 C sob nitrogênio e 435 C sob ar). A menor estabilidade térmica foi observada para o aspartame, com a menor temperatura inicial de decomposição térmica (158 C sob nitrogênio e 170 C sob ar). Para os adoçantes comerciais observou-se maior estabilidade térmica para os adoçantes L e C, os quais apresentaram temperaturas iniciais de decomposição térmica próximas de 220 C e pontos de fusão próximos de 215 C. A menor estabilidade térmica foi observada para o adoçante P, que apresentou temperatura inicial de decomposição em 160 C e ponto de fusão em 130 C. Os adoçantes B, D, E, I, J, N e O apresentaram baixa estabilidade térmica com as temperaturas iniciais de decomposição próximas de 160 C, provavelmente devido à presença do aspartame, ainda que estes possuam como principal constituinte a lactose, que é o mais estável dos adoçantes naturais. De acordo com os resultados pôde-se perceber também que todos os adoçantes comerciais possuem em sua composição pelo ao menos um adoçante natural e sempre são encontrados em grandes proporções, sendo a lactose o principal constituinte de 60 % do total analisados
ASSUNTO(S)
adoçantes naturais adoçantes artificiais estabilidade térmica quimica natural sweeteners artificial sweeteners thermal stability
Documentos Relacionados
- Estudo da estabilidade térmica de óleos e gorduras vegetais por TG/DTG e DTA
- Estudo da estabilidade térmica de óleos de peixes em atmosfera de nitrogênio
- Efeitos adversos do consumo de adoçantes artificiais - revisão sistemática
- Xerogel p-anisidinapropilsílica: estudo da estabilidade térmica e da resistência à lixiviação com solventes
- Estudo da estabilidade térmica e propriedades mecânicas de nanocompósitos de poliamida 6,6 com nanofibras de celulose