Estudo da efetividade de um programa de triagem auditiva neonatal universal

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência & Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-03

RESUMO

Este artigo discute a insuficiência de participação familiar num programa de triagem auditiva neonatal universal. Por se tratar da detecção precoce de alterações auditivas, com a possibilidade de redução dos prejuízos causados por estas, torna-se fundamental a participação familiar durante todo o processo de diagnóstico e reabilitação. O objetivo do texto é compreender a ausência das mães dos lactentes nascidos entre maio de 2002 e junho de 2004 no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM-Unicamp) ao retorno para a segunda avaliação auditiva. Através da caracterização do perfil sociodemográfico das mães, alguns aspectos foram relacionados ao não retorno ao serviço de triagem e três mães selecionadas para entrevista. Concluiu-se que três traços do perfil materno se destacam dentre as que menos retornaram ao serviço: possuir mais de um filho; ter frequência de apenas uma a três consultas pré-natais; e não possuir companheiro. A principal alegação para o não retorno foi de que as perdas auditivas seriam passíveis de identificação pela observação em casa. Assim, além de ser constituída por fatores sociais, a ausência das mães reflete práticas culturais. Considera-se necessária a criação de uma rede de serviços de saúde que oriente gestantes e mães de lactentes sobre as alterações no desenvolvimento infantil.

ASSUNTO(S)

saúde infantil adesão familiar perda auditiva

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