Estudo da dinâmica da frequência cardíaca do repouso ao exercício físico em pacientes com doença arterial coronariana

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/12/2011

RESUMO

O estudo da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) tem sido utilizado para avaliar o controle autonômico da frequência cardíaca de diferentes populações, tanto em condições de repouso quanto durante a realização de exercício físico. A redução da modulação autonômica cardíaca tem sido observada em pacientes com doença arterial coronariana (DAC), sendo que, a progressão da DAC para o infarto agudo do miocárdio (IAM), pode estar relacionada a um desequilíbrio simpatovagal. A VFC tem sido tradicionalmente avaliada por métodos lineares, entretanto, nos últimos anos, alguns métodos não lineares têm fornecido dados adicionais os quais não são identificados pela análise linear. Assim, o primeiro estudo teve o objetivo de comparar a VFC de pacientes com DAC com e sem IAM com saudáveis da mesma faixa etária por meio da análise linear (análise espectral) e não-linear [Entropia de Shannon (ES), entropia condicional (EC) e análise simbólica (AS)]. Foram selecionados 56 homens que foram divididos em 3 grupos: saudável (n=19, 574), DAC (n=20, 5610) e DAC-IAM (n=19, 5412). Não houve diferença entre os grupos com relação a modulação autonômica cardíaca avaliada com os métodos linear (análise espectral) e não-linear (SA, ES e EC). Esses resultados podem ser devidos ao uso de betabloqueador, angioplastia coronariana, a capacidade física dos indivíduos saudáveis bem como o protocolo utilizado. Conclui-se que, nas condições estudadas, os métodos de análise utilizados não mostraram diferenças na modulação autonômica cardíaca entre os grupos estudados. Por outro lado, a DAC pode estar acompanhada de diabetes tipo 2 (DT2), que é uma doença que agrava o comprometimento da modulação autonômica cardíaca. Outro método usado para esse trabalho, foi estudo da resposta da frequência cardíaca e da sua variabilidade no período de recuperação e após o exercício físico. Há evidências que a recuperação após o exercício é uma fase vulnerável a vários eventos cardiovasculares. Portanto, o segundo estudo teve o objetivo de avaliar a regulação autonômica de pacientes com DAC com e sem DT2 na condição pós-exercício. Foram avaliados 132 pacientes divididos em 2 grupos: DAC (n=68, 615 anos) e DAC+DT2 (n=64, 625 anos) os quais foram submetidos a um teste cardiopulmonar sintoma limitado. Os resultados do segundo estudo indicam que os pacientes do grupo DAC+DT2 apresentaram uma atraso na FC de recuperação no pós-exercício quando comparados com aqueles do grupo DAC. Entretanto, após o ajuste com índice de massa corporal, capacidade física e medicação, as diferenças observadas entre os grupos em relação a FC de recuperação, desapareceram. Portanto, viii os resultados do segundo estudo sugerem que a perda do controle autonômico da FC no pós exercício observado nos pacientes DAC+DT2 pode estar mais relacionado a baixa capacidade física e a obesidade que a DT2 por si mesma.

ASSUNTO(S)

fisioterapia e terapia ocupacional fisioterapia variabilidade da frequência cardíaca entropia diabetes tipo 2 enfarte do miocárdio complexidade

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