Estudo da degradação térmica de antocianinas de extratos de uva (Vitis vinifera L. Brasil ) e jabuticaba (Myrciaria cauliflora) / Study of thermal degradation of anthocyanins extracts of grape (Vitis vinifera L. Brasil ) and jabuticaba (Myrciaria cauliflora)
AUTOR(ES)
Aline Guadalupe Coelho
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
07/12/2011
RESUMO
Antocianinas (ACYS) são corantes naturais que conferem cor a folhas, flores e frutas, são derivados glicosilados do cátion flavílio, da classe dos flavonóides e apresentam potencial para uso como corante, além de atividade antioxidante e terapêutica. Essas características estimulam buscar formas de viabilizar a utilização desses corantes na indústria de diversos segmentos, além de fomentar pesquisas acerca de sua estabilidade. Nesse trabalho, realizou-se o estudo da degradação térmica de extratos de ACYS, obtidos de uva (Vitis vinifera L. `Brasil´) e jabuticaba (Myrciaria Cauliflora). Os padrões das ACYS majoritárias para cada fruta malvidina-3-glicosídeo e cianidina-3-glicosídeo foram utilizados como referência. Foram realizados ensaios de estabilidade, para extratos obtidos a 25, 55 e 85 °C, com pH ajustado para 3,0 e mantido natural, armazenados sob-refrigeração ou a temperatura ambiente. Além disso, foram realizados ensaios de degradação acelerada a 55 e 85 °C com monitoramento espectrofotométrico e análises dos extratos e padrões iniciais e degradados por UHPLC-MS. Os ensaios de estabilidade dos extratos foram monitorados por até 170 dias. Foi verificado o efeito da baixa temperatura de armazenamento, para a estabilidade dos extratos de uva, enquanto para os extratos de jabuticaba foram verificados também o efeito da diminuição do pH, e do aumento da concentração. Os estudos da degradação térmica indicaram o aumento da velocidade da degradação das ACYS, com o aumento da temperatura. As análises de UHPLC-MS dos extratos degradados indicaram que a temperatura de degradação não altera a rota de degradação das ACYS nas amostras. As reações de degradação dos padrões seguem ajustes de segunda ordem com energias de ativação de 95,2±0,1 e 89,34±0,05 kJ mol, e tempos de meia vida de 78 ± 2 e 4,2± 0,1 e 58,7 e 3,8±0,4 horas para degradação a 55 e 85 °C da cianidina-3-glicosídeo e malvidina-3-glicosídeo, respectivamente.
ASSUNTO(S)
antocianinas degradação térmica uva jabuticaba anthocyanins thermal degradation grape jabuticaba
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000843784Documentos Relacionados
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