Estudo da audição em crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-04

RESUMO

Crianças com fissura labiopalatina apresentam frequentemente otite média, em decorrência de alterações anatômicas e/ ou funcionais da tuba auditiva. OBJETIVO: Analisar o desempenho de crianças fissuradas na Avaliação Audiológica Básica (AAB) e Triagem do Processamento Auditivo (TPA). FORMA DO ESTUDO: Corte transversal prospectivo. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliadas 44 crianças, do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 8 a 14 anos, portadores de fissura labiopalatina não-sindrômica encaminhadas pela Instituição onde a pesquisa foi realizada. A AAB foi composta pela anamnese, otoscopia, audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. A TPA foi composta pelos testes de Localização Sonora em Cinco Direções, Memória Sequencial para sons verbais e não-verbais e Teste Dicótico de Dígitos. RESULTADOS: Na AAB verificamos que 77,27% das crianças apresentaram resultados normais na audiometria tonal liminar, 13,6% apresentaram perda auditiva condutiva e 2,2% apresentou perda mista. 21,2% apresentaram curva timpanométrica tipo C, 7,1% curva tipo B e 3,5% curva tipo Ad. A TPA esteve alterada em 72,7% das crianças, sendo que 45,5% apresentaram alteração no Teste Dicótico de Dígitos. CONCLUSÃO: As crianças fissuradas tiveram desempenho alterado tanto na AAB quanto nos testes da TPA, o que justifica a avaliação e o acompanhamento fonoaudiológico e otorrinolaringológico nestes casos.

ASSUNTO(S)

fissura palatina otite média perda auditiva

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