Estudo da atividade plaquetaria na asma alergica em ratos / Study of platelet activity in allergic asthma in rats

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/07/2009

RESUMO

Há relatos de que as plaquetas desempenham função importante no desencadeamento da resposta inflamatória alérgica, como a asma brônquica. Entretanto, existem poucos estudos funcionais avaliando a interação plaqueta-asma. O objetivo deste trabalho foi investigar a função plaquetária em modelo de asma alérgica em ratos. Para tanto, ratos Wistar machos (180-200 g) foram sensibilizados à ovalbumina (OVA) e desafiados intranasalmente uma única vez, quatorze dias após a sensibilização. Para confirmar a eficácia da sensibilização à OVA, realizou-se a dosagem de IgE sérica e contagem de leucócitos no lavado broncoalveolar (LBA) após o desafio antigênico. O comportamento plaquetário foi avaliado através da contagem de plaquetas no sangue periférico entre 30 minutos a 24 horas após o desafio. As plaquetas foram isoladas em tempos variados após o desafio com OVA, a saber: 30 minutos, 2, 8 e 24 horas. Em seguida, realizou-se ensaios de adesão plaquetária em microplaca de 96 poços recoberta com fibrinogênio e ensaios de agregação plaquetária. Nossos resultados mostraram que a sensibilização e o desafio antigênico resultaram em aumento significativo dos níveis de IgE e infiltrado eosinofílico no LBA, validando o modelo alérgico adotado no estudo. Observou-se redução significativa do número de plaquetas circulantes em 30 minutos após o desafio com OVA, atingindo redução máxima em 8 horas, retornando aos valores basais 24 horas após o desafio. A adesão plaquetária ao fibrinogênio imobilizado e agregação plaquetária foram realizadas nos tempos de 30 min, 2, 8 e 24 horas após o desafio com OVA. A adesão plaquetária espontânea não foi modificada em nenhum dos tempos estudados. A adesão plaquetária induzida com ADP (5-50 µM) ou trombina (30-100 mU/mL) mostrou-se significativamente elevada em 30 minutos, e diminuída em 24 horas após o desafio com OVA. O desafio antigênico não modificou o perfil de agregação plaquetária, exceto para as plaquetas ativadas com ADP (50 µM) e/ou trombina (200 mU/mL), em 24 horas após o desafio. Com o intuito de se verificar se a via de sinalização de cálcio estaria envolvida nas mudanças observadas na adesão plaquetária, realizamos ensaios de mobilização de cálcio em plaquetas nos tempos de 30 min e 24 horas. A mobilização dos estoques internos de cálcio induzidos por ADP (20 µM) ou trombina (100 mU/mL) foram significativamente maiores em 30 minutos, e menores 24 horas após desafio antigênico à OVA. O influxo de cálcio externo foi significativamente maior em plaquetas de ratos estimuladas com ADP (20 µM) em 30 minutos após desafio com OVA. Após 24 horas, houve tendência de redução do influxo de cálcio externo em plaquetas de animais sensibilizados. Em conjunto, nossos dados mostram que o desafio intranasal com OVA acarreta, na fase imediata (30 minutos), aumento de adesão plaquetária ao fibrinogênio e elevação do transporte interno e externo de cálcio. Na fase tardia (24 horas), observamos redução da adesão plaquetária e diminuição dos estoques internos de cálcio

ASSUNTO(S)

asma fibrinogenio blood platelets asthma fibrinogen plaquetas (sangue)

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