Estudo da apoptose espontanea na leucemia linfoide cronica (LLC) e suas relações com os parametros clinicos e citocineticos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

A leucemia linfóide crônica apresenta grande variabilidade na sua apresentação e evolução clínica, bem como, na sua resposta ao tratamento. Estudando a apoptose destas células in vivo, observou-se que ela se encontra bloqueada, o que não ocorre após a cultura a curto prazo, onde este processo acontece espontaneamente. Neste estudo, avaliamos o grau de apoptose in vitro e suas interações com alguns parâmetros clínicos e laboratoriais. Foram avaliados a idade, o estádio clínico segundo os critérios de Rai e Binet, índice de massa tumoral (TTM) e os seguintes parâmetros laboratoriais: hemoglobina (g/dl), contagem de leucócitos, linfócitos e plaquetas (/l ), a porcentagem de células com cluster de AgNOR, a porcentagem de células positivas para a Anexina V, o índex e o número absoluto de células CD8 positivas. A apoptose foi medida através da técnica da Anexina V e a taxa de proliferação através da técnica das AgNORs. Houve correlação inversa entre a porcentagem de células positivas para a Anexina V e a contagem de linfócitos periféricos (r=-0,49), com o estádio de Rai (r=-0,40), com o estádio de Binet (r=-0,50), com com o TTM (r=-0,51) e com a porcentagem de células com um cluster de AgNOR (r=-0,45). As correlações diretas ocorreram com os valores de hemoglobina (r=0,34) e de plaquetas (r=0,52). O número de células CD8 positivas mostrou correlação com a contagem de linfócitos periféricos (r=0,49). Quando esta variável foi mantida constante, foi possível detectar uma correlação entre a contagem de células CD8 positivas e o estádio clínico (r=-0,47), com o TTM (r=-0,42) e com a contagem de plaquetas (r=0,67). Os linfócitos CD4 positivos apresentaram uma correlação somente com os linfócitos CD8 positivos. Na análise de clusters, foi possível a criação de três grupos de pacientes com diferentes taxas de apoptose, utilizando os valores do TTM e dos clusters de AgNOR. Portanto, nos foi permitido concluir com este trabalho que, com a progressão da doença, ocorre o aumento da massa tumoral e da taxa de proliferação paralelalmente ao aumento da susceptibilidade à apoptose

ASSUNTO(S)

celulas - proliferação apoptose citometria de fluxo

Documentos Relacionados