Estudo controlado e randomizado entre uso de ventilação positiva intermitente e pressão positiva contínua em vias aéreas em recém-nascidos prematuros após a extubação traqueal

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-09

RESUMO

Resumo Objetivo: analisar a frequência de falha da extubação em recém-nascidos pré-termo (RNPT) em uso de ventilação mecânica (VM) convencional após a extubação traqueal nos grupos submetidos à ventilação por pressão positiva intermitente por via nasal (nIPPV) e pressão positiva contínua em vias aéreas (nCPAP). Método: foram estudados 72 RNPT portadores de insuficiência respiratória, com idade gestacional (IG) ≤ 36 semanas e peso de nascimento (PN) > 750 g, que necessitaram de entubação traqueal e ventilação mecânica. O estudo foi controlado e randomizado a fim de garantir a aleatoriedade na escolha dos integrantes dos grupos. A randomização foi realizada no momento da extubação por meio de envelopes selados. Falha da extubação foi definida como necessidade de reentubação e ventilação mecânica durante as primeiras 72 horas após a extubação. Resultados: entre os 36 RN randomizados para nIPPV, seis (16,6%) apresentaram falha de extubação em comparação a 11 (30,5%) dos 36 RN randomizados para nCPAP. Não houve diferença estatística entre os dois grupos de estudo em relação a PN, IG, classificação do RN e tempo de VM. A principal causa de falha da extubação foi a ocorrência de apneia. Complicações gastrointestinais e neurológicas não ocorreram nos RNPT participantes do estudo. Conclusão: constatamos que no grupo dos RNPT submetidos à nIPPV, apesar da falha da extubação ser numericamente menor que nos RNPT submetidos à nCPAP, não houve diferença estatisticamente significante entre os dois modos de suporte ventilatório após a extubação.

ASSUNTO(S)

síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido pressão positiva contínua nas vias aéreas ventilação com pressão positiva intermitente prematuro ensaios clínicos controlados e aleatórios

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