Estudo comparativo entre a exérese da veia safena tradicional por incisão contínua e incisões múltiplas com pequenos "patchs" de pele em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio no Hospital Universitário King Abdullah - Jordânia

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

OBJETIVO: A exérese da veia safena pode estar associada a complicações da ferida, dor da incisão, infecção e resultado cosmético ruim. O objetivo deste estudo é determinar a diferença de complicações da ferida e as taxas de infecção entre as duas técnicas de exérese de veia safena, incisão longa versus múltiplas incisões curtas separadas (tunneling) para a revascularização do miocárdio no Hospital Universitário King Abdullah, Jordânia. MÉTODOS: Analisamos, retrospectivamente, os dados de 1.050 procedimentos eletivos consecutivos de revascularização do miocárdio realizados no período de 5 de maio de 2003 a 31 de dezembro de 2007, em nossa instituição. Safenectomia utilizando exérese tradicional por incisões contínuas (Grupo 1) foi realizada em seiscentos e cinquenta pacientes (n=650), enquanto a safenectomia utilizando múltiplas incisões com pequenos patchs de pele - tunelização (Grupo 2) foi empregada em quatrocentos (n=400). Safenectomia foi realizada pelo assistente ou pelo cirurgião cardíaco principal. Reação inflamatória, deiscência, celulites, linfangite, drenagem, necrose ou abscesso que necessitasse curativo, antibióticos ou desbridamento antes da cicatrização completa sem escara foram definidos como complicações da ferida. Não houve diferença estatística entre os grupos com relação aos fatores de risco pré-operatório em ambos os grupos. Os resultados dos testes foram considerados significativos quando P <0,05. RESULTADOS: As complicações da ferida foram observadas com maior frequência nos pacientes submetidos à técnica tradicional de exérese por incisão contínua (P = 0,0005). Sexo feminino, obesidade e diabetes estão associados a aumento da incidência de complicações na ferida (P <0,05). CONCLUSÕES: A exérese da veia safena utilizando tunelização foi associada a menores complicações da ferida do que o tradicional método longitudinal.

ASSUNTO(S)

procedimentos cirúrgicos cardíacos revascularização miocárdica veia safena ponte de artéria coronária infecção da ferida operatória

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