Estudo comparativo da imunomarcação da p53 em carcinomas epidermóides bucais de sítios anatômicos diferentes

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

O papel das alterações do gene supressor de tumor TP53 e de seu produto protéico, a p53, já está bem estabelecido no processo de carcinogênese bucal. O carcinoma epidermóide é a malignidade intrabucal mais comum, sendo a língua o sítio de acometimento mais freqüente e o de pior prognóstico. Avaliou-se, nesse estudo, comparativamente, através de técnica imunoistoquímica utilizando-se o clone DO-1, o padrão de imunomarcação para a p53 em 43 amostras teciduais de carcinomas epidermóides da cavidade bucal de sítios anatômicos diferentes. A média de idade dos pacientes foi de 58,6 anos, sendo que 35 (81,4%) eram do sexo masculino e 8 do sexo feminino (18,6%). Trinta e três lesões (76,8%) mostraram positividade para a p53 e 10 lesões foram p53-negativas (23,2%). O índice médio de imunomarcação foi de 48,37%. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias dos índices de imunomarcação para a p53 nos diferentes sítios analisados. Da mesma forma, não houve diferença quando comparadas as lesões de língua com os outros sítios anatômicos, agrupados ou isoladamente. Igualmente, a imunomarcação para a p53 nas lesões não esteve associada às outras variáveis clinicopatológicas avaliadas: sexo, idade e graduação histológica de malignidade do fronte de invasão tumoral (GHM-FIT). Das 41/43 lesões disponíveis para análise da GHM-FIT, 14 (34,15%) mostraram-se bem diferenciadas, 17 (41,46%) moderadamente, e 10 (24,39%) pouco diferenciadas. A imunomarcação para a p53 foi vista em 11/14 (78,6%) das lesões bem diferenciadas, em 15/17 (88,2%) das moderadamente diferenciadas, e em 6/10 (60%) das pouco diferenciadas. Esses resultados sugerem a não existência de diferenças entre os diversos sítios anatômicos da boca, bem como entre sexo e idade dos pacientes, em relação aos mecanismos que envolvem a p53. Assim, o padrão de imunomarcação da p53 nos carcinomas epidermóides de língua parece não refletir a maior agressividade do tumor neste sítio ação direta entre a imunomarcação da p53 no tumor e o grau de diferenciação celular no fronte de invasão tumoral também não pôde ser estabelecida.

ASSUNTO(S)

proteína p53 decs boca câncer teses carcinoma de células escamosas teses câncer bucal teses estomatologia teses

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