Estudo clínico-laboratorial e dos principais fatores de riscos em vacas com distocias. / Laboratorial and clinical study of the principal risks factors in cowswith dystocia.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

A ocorrência de distocias em vacas representa um grande empecilho num sistema de produção, elevando os custos e alguns riscos para a parturiente. Com isso objetivou-se realizar um estudo retrospectivo dos achados clínico-epidemiológicos em vacas acometidas com distocias, atendidas na rotina clínica da Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns (CBG) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde foram resgatadas informações das fichas clinicas de vacas (n = 837), com situações de distocias (materno e/ou fetal), entre o período de 2000 a 2010. Foram realizadas ainda, as determinações do cortisol, creatina quinase (CK), Ácidos Graxos não Esterificados (NEFA) e dos minerais: cálcio, fósforo e magnésio em 189 amostras colhidas no momento do parto em vacas em condição de distocia e de partos normais. Esses animais foram divididos em grupos: grupo (I) distocia materna (n=79), grupo (II) distocia fetal (n=82), grupo (III) distocia materno-fetal (n=15) e grupo (IV) parto normal (n=13). A análise estatística dos dados foi realizada de forma descritiva, determinando as distribuições de freqüências das variáveis analisadas, associadas às diferentes situações de distocias. Esta enfermidade representou 17,5% (837/4782) da casuística de bovinos atendidos na CBG/UFRPE. A manipulação prévia nas propriedades por pessoas inabilitadas ocorreu em 86,5% dos casos; destes 60% dos produtos vieram a óbito, assim como 15% das vacas manipuladas. Na análise hormonal, bioquímica e mineral, dos grupos com distocia materna, fetal, materno/fetal e de parto normal, constataram-se, respectivamente, níveis médios elevados de cortisol (188,85ng/mL; 279,90ng/mL; 204,09ng/mL e 149ng/mL), creatina quinase (1.012,11mg/dL; 928mg/dL; 992,42mg/dL e 631mg/dL) e NEFA (0,95mmol/L; 0,85mmol/L; 0,90mmol/L e 1,06mmol/L) em todos os grupos, além de uma hipocalcemia sub-clínica nas vacas com distocias (6,89mg/gL; 7,9mg/gL; 7,46mg/gL e 8,38mg/L), se destacando as com distocia materna que apresentou valor 30% menor que o limiar inferior de normalidade. Com isso vale ressaltar a importância da suplementação alimentar adequada para atender suas exigências principalmente nesse período conturbado de transição.

ASSUNTO(S)

obstetrícia minerais bioquímica medicina veterinaria obstetrics minerals biochemistry

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