Estrutura trófica da comunidade de peixes dos reservatórios e tributários do Médio e Baixo Rio Tietê (São Paulo, Brasil)

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Limnol. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/11/2018

RESUMO

Resumo Objetivo: Investigamos a utilização dos recursos alimentares, ao longo dos reservatórios do Médio e Baixo Tietê e tributários. Métodos Os peixes foram capturados utilizando duas baterias de redes de espera com diferentes malhas. O conteúdo estomacal foi obtido pela dissecção do estomago e parte do intestino. Os itens alimentares foram analisados no microscópio estereoscópico e a identificação foi realizada até a categoria taxonômica possível. Resultados Na análise do conteúdo estomacal foram encontrados 30 tipos de itens alimentares, sendo 22 autóctones e 8 alóctones. Pôde-se constatar que a dieta predominante das espécies nos tributários foi constituída por insetos terrestres, seguida de material vegetal, sementes, crustáceos e lodo, enquanto nos reservatórios a dieta principal foi constituída por inseto aquático, material vegetal, sementes e escamas. As espécies de peixes analisadas foram agrupadas em 13 categorias tróficas. Tanto nos reservatórios quanto nos tributários a dieta predominante foi a carnívora, já a dieta onívora ocorreu somente nos reservatórios. As espécies nos rios especializam-se mais em determinados recursos e nos reservatórios são mais generalistas, o que possibilita uma melhor condição de sobrevivência. Conclusões Os peixes utilizam as áreas litorâneas dos reservatórios e mesmo dos tributários para se alimentarem consumindo vegetais superiores e insetos que possuem estágios terrestres e aquáticos. As características tróficas exibidas pelos peixes nos reservatórios dependem da estruturação da comunidade durante o processo de colonização, das características particulares de cada reservatório, da introdução de espécies exóticas de peixes e de outros recursos alimentares.

ASSUNTO(S)

dieta hábito alimentar categorias tróficas variação sazonal

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