Estrutura ecomorfométrica da comunidade de lagartos da Restinga da Marambaia, Rio de Janeiro, sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zoologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Em áreas de restinga da Marambaia, Rio de Janeiro, foram registradas nove espécies de lagartos, pertencentes a quatro famílias. A análise morfométrica sugeriu um padrão de estruturação por invasão, com dois grupos distintos de espécies compondo a comunidade: os "corredores de chão", formado pelos animais de corpo mais robusto e membros mais longos, representados por Tropidurus torquatus (Wied, 1820), Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758), Liolaemus lutzae Mertens, 1938,Cnemidophorus littoralis Rocha, Araujo, Vrcibradic & Costa, 2000 e Tupinambis merianae (Duméril & Bibron, 1839); e os "escondedores", reunindo lagartos de menor tamanho e membros mais curtos, representados por Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818), Gymnodactylus darwinii (Gray, 1845), Mabuya agilis (Raddi, 1823) e M. macrorhyncha Hoge, 1947. As relações morfométricas dentro da comunidade de lagartos de restinga da Marambaia espelham a influência da estrutura física do habitat (habitat estrutural): a disponibilidade de bromélias e de outros locais para esconder, importantes para os lagartos "escondedores", assim como a distribuição de áreas abertas para os "corredores de chão". Nossos resultados também indicam que as restingas apresentam "espaços ecomorfológicos" disponíveis (nichos vagos) para ocupação por espécies adicionais de lagartos.

ASSUNTO(S)

estrutura de comunidades floresta atlântica morfometria nicho vago

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