Estrutura e distribuição espacial de andirobeiras (Carapa spp.) em floresta de várzea do estuário amazônico
AUTOR(ES)
Abreu, Jadson Coelho de, Guedes, Marcelino Carneiro, Guedes, Ana Claudia Lira, Batista, Edmilson das Merces
FONTE
Ciênc. Florest.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
O objetivo geral deste trabalho foi avaliar se a densidade de ocorrência de andirobeiras é dependente da distância do rio Amazonas, analisando sua distribuição espacial e a estrutura diamétrica da população em um trecho de floretas de várzea no Estado do Amapá. Esse trabalho faz parte do projeto Florestam (Ecologia e manejo florestal para uso múltiplo de várzeas do estuário amazônico) e foi desenvolvido em uma área de proteção ambiental (APA) de 136,59 ha, localizada no Distrito da Fazendinha, município de Macapá - AP (00°03'04,24"S e 51º07'42,72"W). Foram lançados 3 transectos perpendiculares à margem do rio Amazonas, distanciados entre si a cada 500 m, para orientar no direcionamento e localização das árvores. Todas as andirobeiras com (CAP) circunferência a altura do peito ≥ 15 cm foram inventariadas e mapeadas, anotando-se o (CAP) e o número da árvore em uma ficha de campo. A influência da distância do rio sobre a densidade das andirobeiras foi analisada por regressão linear. O número de classes diamétricas foi definido conforme Higushi. Foi testado o ajuste da distribuição dos diâmetros das andirobeiras ao modelo exponencial de Meyer. Foi calculado o quociente q de De Liocourt, tanto para a frequência observada quanto para a estimada. Calculou-se o índice de Morisita, variância/média e índice de agregação para se inferir sobre a distribuição espacial. Foram inventariadas 680 andirobeiras produtivas e não produtivas, com uma área basal de 55,84 m2, gerando uma densidade de 5 árvores ha-1. Quanto à distribuição diamétrica, foram geradas 9 classes de diâmetro com 11 cm de amplitude, sendo que o coeficiente de determinação para o modelo exponencial foi de 0,93 e o quociente q = 2,03. Os índices utilizados mostraram que a distribuição espacial das andirobeiras adultas ocorre de forma agregada. A estrutura diamétrica das andirobeiras mostra que há elevada quantidade de regenerantes e que a população não está senescente. A densidade de andirobeiras adultas é dependente da distância do rio, com maior concentração de árvores em áreas mais distantes do rio Amazonas.
ASSUNTO(S)
amapá distribuição diamétrica distribuição agregada florestam
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