Estrutura de comunidade de morcegos numa área protegida de restinga no Sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-11

RESUMO

No Brasil, as restingas sofrem severos impactos humanos que resultam em perda e degradação de habitat. Além disso, constituem um dos ecossistemas menos estudados. Os principais objetivos deste estudo foram descrever uma parcela da quirópterofauna do Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, município de Guarapari, Estado do Espírito Santo, e descrever a estrutura de comunidade de morcegos nessa área de restinga, no Sudeste do Brasil. O trabalho de campo foi realizado duas vezes por mês, de agosto de 2004 a setembro de 2005. O esforço de amostragem total foi de 40.300 m²/h, que representa o maior esforço de captura para morcegos em restingas até o momento. Os morcegos foram capturados em diferentes tipos de vegetação e tiveram as informações de espécie, sexo, idade, comprimento do antebraço e peso anotadas. Os índices de diversidade de Shannon e Jaccard foram utilizados para analisar a diversidade e a similaridade entre os habitats. Foram obtidas 554 capturas representando 14 espécies e duas famílias. Noctilio leporinus foi registrado através de observação direta. Com o uso de um detector de ultrassons, registrou-se a presença de indivíduos da família Molossidae, não sendo possível a identificação da espécie. A riqueza foi maior no ambiente de Clusia (11 espécies) e na lagoa de Caraís (10 espécies). O índice de diversidade de Shannon foi estimado em H' = 1,43 na área total amostrada, com a lagoa de Caraís, representando o habitat mais diverso (H' = 1,60). A maior similaridade (J = 0,714) foi observada entre as duas áreas sob maior influência antrópica. Um aumento no número de pesquisas em áreas de restinga é importante para garantir melhores medidas de conservação para esse ecossistema.

ASSUNTO(S)

chiroptera diversidade ecologia de comunidades restinga

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