Estrutura da comunidade de insetos aquáticos em igarapés na Amazônia Central, com diferentes graus de preservação da cobertura vegetal e apresentação de chave de identificação para gêneros de larvas da ordem Odonata

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Igarapés de pequena ordem, nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais - INPA, a cerca de 80 km ao norte da cidade de Manaus, foram estudados quanto à composição das comunidades de insetos aquáticos em diferentes substratos. Este estudo teve como objetivo avaliar a resposta da comunidade de insetos aquáticos a alteração da cobertura vegetal. Em 21 igarapés amostrados, foram coletadas amostras de quatro substratos principais: folhiço retido em áreas de correnteza, folhiço depositado em remanso no leito do igarapé, areia e raízes ou vegetação nos barrancos. Avaliando a comunidade em relação aos substratos, as maiores similaridades ocorreram entre os substratos de folhiço depositado em áreas de remanso e barrancos marginais. As menores similaridades ocorreram entre folhiço retido em áreas de correnteza e bancos de areia. Alguns táxons mostraram-se indicadores de um tipo de substrato, outros de um determinado tipo de cobertura vegetal. Para cálculo da riqueza de táxons foram levados em consideração os Crustáceos e outros invertebrados em reposta a alteração da cobertura vegetal. O teste de medidas bioindicadoras de alterações na cobertura vegetal também incluiu todos os macroinvertebrados. No presente estudo, mudanças com relação à cobertura vegetal e na qualidade do substrato disponível para ocupação revelaram-se fatores indutores de modificações de composição da fauna de macroinvertebrados, porém não acarretaram mudanças significativas na estrutura trófica e em medidas de riqueza taxonômica. Somente mudanças drásticas na cobertura vegetal resultam em alterações na composição de espécies, pois a retirada da mata e a implantação de pastagens teve como conseqüência a substituição do conjunto de espécies presentes nos igarapés. Os insetos aquáticos são considerados bons indicadores biológicos, mas a acurácia na identificação dos táxons é fundamental para o uso destes organismos em protocolos de avaliação da integridade ambiental. Nesse contexto, uma chave de identificação para as larvas de último estádio da ordem Odonata.

ASSUNTO(S)

igarapés desmatamento entomofauna aquática zoologia riachos impacto ambiental odonata entomologia insetos aquáticos amazônia central

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